Muito provavelmente você já deve ter ouvido falar em Inteligência Cognitiva e Inteligência Emocional, mas e em Inteligência Positiva?
A Inteligência Cognitiva é medida pelo QI – quociente de inteligência, que é uma medida padronizada obtida por meio de testes desenvolvidos para avaliar as capacidades cognitivas de uma pessoa.
A Inteligência Emocional é medida pelo QE – quociente emocional, e é um conceito da psicologia, criado para designar a capacidade de cada pessoa de reconhecer as emoções, lidar bem com elas e gerenciá-las.
Já a Inteligência Positiva entende que sua mente é sua melhor amiga, mas também pode ser a sua pior inimiga, e ela mede a força relativa desses dois modos da sua mente. A Inteligência Positiva é uma indicação do controle que você tem sobre sua própria mente e o quão bem sua mente age em seu benefício.
Por exemplo, quando sua mente diz que você deveria fazer o seu melhor para se preparar para a reunião importante de amanhã, está agindo como sua amiga.
Agora, quando ela te acorda às 3 horas da madrugada, ansiosa por causa da reunião e repetindo pela milésima vez as muitas consequências do fracasso, está agindo como sua inimiga, ou seja, está simplesmente gerando ansiedade e sofrimento sem qualquer valor compensado. Acredito que nenhum amigo faria isso contigo, certo?!
QP – Quociente de Inteligência Positiva é a porcentagem de tempo em que sua mente age como sua amiga em vez de inimiga, ou em outras palavras, a porcentagem do tempo em que sua mente está agindo em seu favor em vez de sabotá-lo.
Várias pesquisas em neurociência, ciência organizacional e psicologia positiva validam os princípios da Inteligência Positiva e o relacionamento entre QP e desempenho e felicidade. Isso indica que quanto maior o seu QP, maior felicidade e melhor será o seu desempenho resultando em maior sucesso.
Seu potencial é determinado por muitos fatores, incluindo sua inteligência cognitiva, sua inteligência emocional, suas habilidades, seus conhecimentos, experiência e rede social. Mas é sua Inteligência Positiva que determina que porcentagem do seu vasto potencial você realmente alcança.
Por isso, que quando fazemos planos pensando em melhorar, mudar alguma coisa isso não se torna algo contínuo e duradouro. As pessoas se mostram resistentes a mudanças mesmo quando parecem que querem mudar.
Pense naquela dieta que você diz que vai começar na segunda-feira, ou na promessa que fez no dia 31 de dezembro, você até começou, mas não deu continuidade. E porque isso acontece? A resposta é: Sabotagem.
Seus sabotadores farão o possível para roubar de você qualquer melhoria, e ignorá-los só vai piorar a situação, e é aí que a Inteligência Positiva entra para te ajudar.
Os sabotadores são inimigos internos, compostos por padrões mentais automáticos e habituais, cada um com sua própria voz, crença e suposições que trabalham contra o que é melhor para você. Eles são um fenômeno universal porque estão ligados às funções do cérebro que se concentram na nossa sobrevivência, e a questão não é se você os tem, mas quais tem e quão fortes são.
Desde a infância cada um de nós desenvolve sabotadores para conseguir sobreviver às ameaças que percebemos na vida, tanto físicas quanto emocionais. Quando chegamos à idade adulta esses sabotadores não são mais necessários, mas se tornam habitantes invisíveis da nossa mente.
Ao todo são 10 sabotadores que nos atormentam. São eles:
CRÍTICO – Este é o principal sabotador e que afeta todo mundo. Ele leva você a constantemente encontrar defeitos em si mesmo, nos outros e nas suas condições e circunstâncias. Gera a maior parte da sua ansiedade, estresse, raiva, decepção, vergonha e culpa.
INSISTENTE – esse traz a necessidade de perfeição, ordem e organização levada longe demais. Ele deixa você e os outros ao seu redor ansiosos e nervosos. Também faz você viver em constante frustração consigo mesmo e com os outros pelas coisas não estarem perfeitas o bastante. Já escrevi sobre ele clique aqui para ler.
PRESTATIVO – ele te obriga a tentar ganhar aceitação e afeição ao ajudar, agradar, salvar ou elogiar os outros constantemente. Resultado, te faz perder de vista suas próprias necessidades e faz com que se ressinta dos outros.
HIPER-REALIZADOR – deixa você dependente de desempenho e realizações constante para ter respeito e validação próprios. Ele te mantém concentrado principalmente no sucesso exterior em vez de no critério interior para a felicidade.
VÍTIMA – quer que você se sinta emotivo e temperamental como forma de ganhar atenção e afeto. Resulta em um foco extremo em sentimentos internos, principalmente os dolorosos, e pode muitas vezes resultar em uma tendência a se martirizar.
HIPER-RACIONAL – foco intenso e exclusivo no processo racional de tudo, ele faz com que você seja impaciente com as emoções das pessoas e as veja como indignas de muito tempo e consideração.
HIPERVIGILANTE – faz você sentir ansiedade intensa e contínua em relação a todos os perigos que o cercam e em relação a tudo que poderia dar errado. Fica constantemente em estado de alerta e nunca pode descansar.
INQUIETO – está constantemente em busca de emoções maiores na próxima atividade ou mantém-se sempre ocupado, não permite que você sinta muita paz e alegria com sua atividade atual.
CONTROLADOR – faz com que você funcione movido a uma necessidade ansiosa de estar no comando, controlar situações e dirigir ações das pessoas de acordo com a vontade dele. Gera alta ansiedade e impaciência quando isso não acontece.
ESQUIVO – faz você se concentrar no que é positivo e prazeroso de uma maneira extrema, ele evita tarefas difíceis e desagradáveis e conflitos. Leva você aos hábitos de procrastinar e fugir de conflitos.
Priscila Timbó
Coach de Carreira e Realização Profissional
Psicóloga especialista em Gestão de Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas, Coach de Carreira.
Seu histórico profissional engloba atuação em consultorias de recursos humanos com foco na área estratégica e de desenvolvimento humano. Desde 2015 atua como Coach de Carreira e Realização Profissional. Criadora do programa online Sucesso na Recolocação.
Pingback: Você tem dificuldade em dizer NÃO! | ARTECULT.COM