O ESQUADRÃO SUICIDA: Uma loucura cinematográfica assinada por James Gunn, que funciona dentro dessa insanidade

 

Loucura, insanidade, violento, engraçado, são alguns adjetivos que define O Esquadrão Suicida de James Gunn.

Ignorando completamente a existência do filme de 2016, a nova história escrita e dirigida por James Gunn, funciona como uma segunda chance para esse grupo de desajustados nos cinemas, trazendo um filme que faz justiça à reputação dos personagens das HQs.

Para aqueles que já consumiram o Esquadrão Suicida nas HQs ou nas animações, como “Ataque ao Arkham” ou “Acerto de Contas”, e espera ver o mesmo nível de violência gráfica exagerada e explícita, não vai se decepcionar.  O filme tem um elemento GORE bem extremo, principalmente através das cenas do Tubarão-Rei (Sylvester Stallone), que chega a ser o personagem mais voraz e, ao mesmo tempo, o mais adorável. As mortes são bem grotescas, e falando delas, temos bastante mortes de diversos membros do Esquadrão, que é bem comum nas histórias de outras mídias, algumas até inesperadas demais, com o que faz o público se perguntar se tal personagem morreu mesmo, se ele vai voltar, ou se de alguma forma tudo isso não era real, ou haverá viagem no tempo para reverter o que aconteceu, mas tudo que é mostrado, foi escrito e encerrado e essa audácia do roteiro é o que faz esse filme ser diferente da primeira tentativa de trazer esses personagens em telas, já que essa nova história definitivamente é mais um reboot do que uma continuação.

Cena de “O Esquadrão Suicida” (Foto: Divulgação)

James Gunn ainda traz novos personagens, que nas HQs são figuras ridículas com poderes toscos e sem muita funcionalidade. Por incrível que pareça, essa loucura do diretor funciona, pelo ritmo insano que cria, através do qual não precisa de muita explicação sobre a existência dessas pessoas ou da origem de cada um dos poderes meta-humanos, como é o caso do Weasel (Sean Gunn), por exemplo. Em momento algum se fala o que ele é ou de onde veio, o diretor apenas os introduzem, dá uma função para cada um e o filme segue com uma ótima naturalidade, dentro desse conceito insano, esquisito, repleto de humor ácido, típico do diretor e confirmando que a Warner realemente deu muita liberdade para Gunn nessa produção.

Cena de “O Esquadrão Suicida” (Foto: Divulgação)

Em vez do filme perder tempo fazendo uma breve apresentação de todos os integrantes do esquadrão, como fizeram no antecessor, o roteiro é direto, com eles já sendo recrutados para a missão principal, e aos poucos, vai apresentando os personagens que tem mais relevância para a trama, não se aprofundando demais na origem de todos eles, mas o suficiente para entender o lado de cada um, como no caso do Polka-Dot Man (David Dastmalchian) ou da Ratcatcher (Daniela Melchior).

Cena de “O Esquadrão Suicida” (Foto: Divulgação)

Dos personagens antigos, a que mais se destaca é a Arlequina (Margot Robbie), que, mesmo tendo uma participação um pouco mais reduzida comparada ao primeiro filme, toma conta do ambiente toda vez que aparece em cena com seu jeito descontraído e sendo louca, perigosa e impulsiva, podendo se esperar qualquer coisa inesperada da parte dela. O momento em que a personagem tem mais destaque é na cena de fuga, que mostra toda sua habilidade mortal e engenhosa, proporcionando um momento bem empolgante. A única coisa que atrapalha a cena é a harmonização que o diretor opta para causar uma visão mais relaxante, devido ao excesso de violência explícita, o que é desnecessário já que essa sequência nem chega a ser a mais sanguinolenta do filme. Seu figurino vermelho e preto remete bastante ao visual da personagem nos primeiros desenhos em que a Arlequina aparece, e até combina mais com ela do que o visual sexual em sua primeira aparição nas telas.

Cena de “O Esquadrão Suicida” (Foto: Divulgação)

Outros personagens que ganham mais espaço são o Bloodsport (Idris Elba) e o Pacificador (John Cena), ambos são bem parecidos, dois mercenários, bons de mira, quase indestrutíveis e letais. O que muda é a motivação de cada um e o modo de agir, tanto que em uma cena acontece uma disputa de egos, do tipo “o meu é maior, portanto, sou o melhor”, o que é bem bolado. Um dos poucos problemas envolvendo esse tipo de personagem, são as armas que tiram do bolso e crescem magicamente, o que já força a persistência da crença do espectador.

Cena de “O Esquadrão Suicida” (Foto: Divulgação)

Embora a Força Tarefa X seja composta de inúmeros vilões, sem a mínima de dúvidas a pior de todas é a Amanda Waller (Viola Davis). Ela consegue ser manipuladora, desprezível, impiedosa, persuasiva, e acima de tudo, cruel e desumana, tudo para conseguir que as coisas saíam do jeito que ela quer. E a atriz entrega uma atuação medonha, que consegue ser mais perturbadora que o personagem mais bizarro do grupo.

CONFIRA O TRAILER

O Esquadrão Suicida traz um filme digno da DC e que representa bem o que é esse grupo compostos por vilões nas HQs. Uma loucura insana, sanguinária, misturado com um humor sem limites, feito pela visão de um cineasta que com toda certeza, é um grande fã desse grupo e que consegue presentear os outros fãs com essa obra marcante, mantendo a reputação desses personagens.

NOTA: 9

BRUNO MARTUCI


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Colaborador de Teatro Musical e CINEMA & SÉRIES dos sites ARTECULT.com, The Geeks, Bagulhos Sinistros, entre outros.

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