O canal dança do Artecult indica o videodança LUVEMBA de Maria Clara Laet. Lançado em maio de 2021, este projeto foi feito com a cinegrafista Isa Machado. O vídeo está disponível no Youtube, além de estar sendo exibido no Dancine, Festival Internacional de Videodança, sendo o único trabalho de sapateado a ser selecionado pelo festival.
O videodança é um relato artístico da vivência da morte durante a pandemia da Covid-19 sob a perspectiva do cosmograma bakongo. Mobilizando o tap, elementos da cosmovisão da África Central e o pensamento de filósofos como Tiganá Santana e Bunseki Fu-Kiau, Luvemba é um relato artístico do luto e da convivência com a morte que a pandemia nos impôs.
As primeiras ideias e experimentações para este projeto se iniciaram em abril de 2020, quando a coreógrafa e sapateadora perdeu seu avô por complicações advindas da Covid-19. Os quatro estágios pelos quais passamos em nossas existência, segundo o cosmograma bakongo, são Kala (nascimento), Tukula (auge da vida física), Luvemba (morte) e Musoni (auge da vida espiritual). A linha da Kalunga separa o mundo terreno, feito da terra, do mundo espiritual, feito de água. Assim, essa videodança se propõe a fazer o caminho pela noite que a pandemia instaurou no mundo, sem deixar de lado a esperança que o amanhecer traz no final da madrugada.
CONFIRA LUVEMBA:
Sobre a artista
Maria Clara Laet é carioca, sapateadora baseada em São Paulo. Começou a sapatear com 6 anos de idade no Rio de Janeiro e ao mudar-se para São Paulo com 9 anos passou a ter aulas no Kika Tap Center, escola voltada especialmente ao sapateado americano. Participou do grupo KatadoS por Aí por 7 anos, onde teve a oportunidade de dançar como convidada em grandes festivais como o Passo de Arte, Festidança, Brazil International Tap Festival e no Festival de Sapateado de Nova York, o Tap City. Em Nova York foi contemplada com um prêmio por Dianne Walker, uma lenda do sapateado, por ter se destacado em sua residência com apenas 16 anos.
Ganhou bolsas para festivais internacionais como o Jazz City Tap Festival em Nova Orleans e o Jersey Tap Fest em Nova Jersey, além de competições como o Desafio Tap in Rio e batalhas de tap nacional e internacionalmente. Dançou com grandes nomes da indústria como Michelle Dorrance e Steve Zee e recentemente tem sido requisitada para dar aulas em festivais de sapateado por todo o Brasil.
O tap é uma dança percussiva que nasceu do mesmo berço e compartilha características importantes com o jazz, e como uma apaixonada por esse gênero rapidamente me tornei conhecida por dançar e improvisar em cima dele. Criar música com meu corpo e meus pés é algo que me fascina e encanta, bem como as nuances das melodias e harmonias complexas das canções que escuto. Assim, também me fiz presente nas canjas do Jazz nos Fundos, bar de jazz de São Paulo, em 2019, levando meu pequeno tablado para improvisar na noite paulistana. Desde então tenho firmado parcerias com músicos e também criei o curso de Teoria Musical para Sapateado, que já teve mais de 220 inscritos durante a pandemia.
Além do curso de Teoria Musical, Maria Clara oferece aulas online de sapateado, particulares e em grupos, para todas as idades e níveis, a partir de sua rede de aulas batizada de Maria Clara Tap Dance.
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