A 23ª edição do Festival de Cinema Brasileiro de Paris vai encontrar novamente seu público no icônico e histórico Cinema l’Arlequin, de 1º a 4 de julho.
Organizado por Kátia Adler, da Jangada org, que arregaçou as mangas e neste ano receberá o público ao vivo e a cores, com todas as normas sanitárias em vigor, o Festival de Cinema Brasileiro de Paris apresentará de quatro a cinco filmes por dia e vem recheado com uma programação de longas de ficção e documentários nacionais – ótima oportunidade dos estrangeiros e brasileiros que estiverem na França de conhecer as mais recentes produções do Brasil.
Como acontece todo ano, o festival aborda um tema e faz uma homenagem a um artista que o ilumina. Nesta 23ª edição, o tema será o negro no cinema brasileiro e o homenageado é Lázaro Ramos, um ator emblemático, com vários filmes em que participou sendo exibidos: Medida Provisória, seu primeiro longa como diretor, inédito na França, será o filme abertura do festival; O Silêncio da Chuva, de Daniel Filho; Madame Satã, de Karim Aïnouz; Tudo que Aprendemos Juntos, de Sérgio Machado e, ainda, O Beijo no Asfalto, de Murilo Benício. Após a sessão de abertura com “Medida Provisória” Lázaro e Tais Araújo, atriz principal do filme, participarão de um debate online com o público.
“É com sentimentos mistos que voltamos ao emblemático cinema Arlequin para esta 23ª edição. ;E quisemos colocar no centro da ribalta os negros no cinema brasileiro, à frente ou atrás das câmaras, prestando uma merecida homenagem a Lázaro Ramos. A sua carreira de ator é notável e as suas escolhas artísticas exigentes não o impediram de alcançar um grande sucesso público”, conta Kátia.
Um debate sobre a importância da comunidade negra no cinema brasileiro, com a presença do cineasta, ativista, produtor e escritor Luis Lomenha, que ajudou na seleção de outros filmes com a temáitca e estará presente para mediar o debate com Lázaro e Taís.
Mantendo a tradição, o festival apresenta uma seleção de documentários, que são: Estrelas, de Pamela Valente; Alcione – O Samba é Primo do Jazz, de Angela Zoé; Todas as Melodias, de Marco Abujamra; Babenco – Alguém tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou, de Barbara Paz; Nheengatu, de José Barahona; e Alvorada, de Anna Muylaert e Lô Politi – escolhido para o encerramento do festival. Este filme acaba de ser lançado no Brasil e representa um retrato íntimo da ex-presidente Dilma Rousseff, que as diretoras seguiram durante seu período de isolamento no palácio da Alvorada para lidar com a espera do momento em que ela foi afastada definitivamente do poder.
Como de costume, o Festival apresenta as ficções: Pacarrete, de Allan Deberton; Aos Nossos Filhos, de Maria de Medeiros; Veneza, de Miguel Falabella; Simonal, de Leonardo Domingues; Curral, de Marcelo Brennand; Marighella, de Wagner Moura; Três Verões, de Sandra Kogut, e A Febre, de Maya Da-rin.
O bar com suas tradicionais caipirinhas retorna, finalmente, para esquentar essa programação. Outro evento esperado será o baile de máscaras, com roda de samba, no sábado, dia 03 de julho às 23h.
SERVIÇO
23ª edição do Festival de Cinema Brasileiro de Paris
- Site: https://www.jangada.org/festival-events-fr/festival-du-cinema-bresilien-de-paris-23
- Localização: Cinema l’Arlequin, 76 Rue de Rennes, 75006 – Paris
- Data: de 1 a 4 de julho com sessões a partir das 14h.
Programação:
01/07
* 14hs – O Professor de Violino, de Sérgio Machado
* 16h – Três Verões, de Sandra Kogut
* 18h – O Silêncio da Chuva, de Daniel Filho
* 20h – Medida Provisória, de Lázaro Ramos
02/07
* 14h – O Beijo no Asfalto, de Murilo Benício
* 16h – A Febre, de Maya Da-Rin
* 18h – Estrelas, de Pamela Valente
* 20h – Babenco – Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou, de Bárbara Paz
* 21h30 – Aos Nossos Filhos, de Maria Medeiros
* 23h45 – Marighella, de Wagner Moura
03/07
* 14hs – Curral, de Marcelo Brennand
* 16h – Simonal, de Leonardo Domingues
* 18h10 – Todas as Melodias, de Marco Abujamra
*20h – Pacarrete, de Allan Debertan
* 22h – Alcione, o Samba é Primo do Jazz, de Angela Zoé
04/07
* 14h – Madame Satã de Karim Ainouz
* 16h10 – Veneza, de Miguel Falabella
* 18h – Nheengatu, de José Barahona
* 20h30 – Alvorada, de Anna Muylaert e Lo Politi