Saudações Terráqueos! Hoje, apesar de o tema ter título de filme de ficção científica, se trata de algo bastante concreto e que se deve ter uma determinada atenção a respeito.
Essa semana uma amiga conversava comigo sobre o vídeo que fiz a respeito da Nikon F100 no meu canal Analógico Lógico! Ela comentou que concordava com a relativa fragilidade do back plástico da câmera. Notem: disse “relativa”.
Continuava ela a dizer que pancadas ou batidas mais fortes no local poderiam danificá-lo mais que em outras câmeras da mesma categoria e que não se conformava com as pessoas que “testavam” suas câmeras ao limite, como se a própria fábrica já não as houvesse testado antes. Então, concordando, eu pensei, porque raios alguém pensaria em submeter um equipamento fotográfico tão bom destes a “pancadas ou batidas” propositais? Parece surreal a vocês também? Acreditem, nem é.
Nessas décadas fotografando já vi de tudo. De gente mergulhando câmeras na água para ver se funcionavam depois, experiências com filmes cujo o único propósito, em meu humilde ponto de vista, seria o de arruinar um rolo para porríssima nenhuma, passando por pessoas que destroem lentes para “criar” coisas novas tipo, lixo, até chegarmos na categoria das pessoas “ops”, conhecem? Tipo, “ops, bati com minha câmera na quina da parede”, “ops, minha câmera caiu no chão e ainda está funcionando (ou, mais provável, não)”. E por aí vai…
Eu sou uma pessoa que crê firmemente no poder criativo. Na criatividade, na criação, no desenvolver coisas novas e, principalmente, úteis e que agreguem algo. Jamais na destruição de algo ou alguma coisa como pseudoforma de se chegar a um “objetivo”. O processo criativo é pensado. Sempre foi e sempre será. Até quando se puxa uma câmera do bolso para fazer aquele instantâneo de meio segundo é pensado. O nome disso é prática, treino, estudo. O kata fotográfico.
Então qualquer coisa ou experimento ou “ideia” que envolva destruir coisas para se criar algo “novo” para mim significa somente uma coisa: destruir coisas. No caso, equipamentos fotográficos e, afunilando ainda mais o pensamento: câmeras.
Então, voltando, me perguntei naquela fração de segundo, porquê raios alguém pensaria em levar uma câmera a sofrer batidas como forma de se “testar” sua resistência? Juro a vocês, não tenho a menor ideia.
Uma câmera é uma máquina de relojoaria frágil e delicada. Quando você abre uma câmera analógica ela se parece com um relógio de corda por dentro. Parafusos minúsculos, pequenas e frágeis engrenagens, precisamente usinadas, molas pequeníssimas… Então você começa a tratá-la como um bebê e não como uma arma de guerra (ou de milícia). A câmera é, sobretudo, um equipamento para pessoas sensíveis e, minimamente, civilizadas. Ponto.
“Ah, mas acidentes acontecem…”, dirão alguns. Sim, é verdade! ACIDENTES acontecem. Destruição voluntária, total falta de zelo e descuidado, me desculpem, não.
Sabem, eu sempre fui uma pessoa muito zelosa por tudo o que tive e tenho. Sempre tive muito cuidado com pessoas, bichos e coisas. É como eu sou e me orgulho disso. Em um mundo que resolveu andar para trás, acredito nas pessoas que, como eu, querem andar para frente, sem precisar destruir, subjugar ou oprimir ninguém ou nada para se chegar a esse objetivo. Como dizia minha avó: uns gostam dos olhos, outros das ramelas. Enfim…
Dessa forma, quando criei o canal Analógico Lógico, a minha ideia estava bastante além de ser mais um dentre os milhares de canais que se propõe a “ensinar” fotografia. Eu queria fazer um link, uma ligação, quando a história, a origem do pensamento artístico tangenciou com a ciência (a verdadeira), se casaram e tiveram um filho e o nome desse é: fotografia. Queria mostrar que nessa forma de arte, assim como em todas as outras, há uma ligação de causa e efeito. Você faz, cria ou gera algo no passado que repercutirá na forma de consequências (ou recompensas) no futuro. Já dizia Buda, “se você tem bons pensamentos, boas intenções e boas atitudes é bem provável que o resultado final seja bom”. Karma fotográfico, baby, yeah!
Agora reparem que louco: nunca se produziu na história tanta variedade de filmes, sabiam? Lá fora, pelo menos. Porém, paradoxalmente, não há mais produção de câmeras fotográficas de filme. Entenderam o ponto? Quando elas acabarem, acabou a brincadeira, amiguinhos. Todo mundo fazendo foto igual com o tedioso e plano digital. Helloo!
Mas uns vão dizer, “eu vi na revista da tia Tetéca que tem gente que ainda fabrica câmeras de filme”! Sim, de grande formato e outras de pequeno formato como a Leica, por exemplo. Mas, se fica pesado no seu orçamento pagar 80 mil numa câmera, fora a(s) lente(s) que custa(m) daí pra cima, te sugiro MUITO ter zelo com sua camerazinha querida e não ser obtuso de ficar “testando” suas capacidades “balísticas”.
Então, recapitulando, as câmeras que AINDA existem são as que circulam por aí. Se as pessoas não cuidarem delas com zelo, se não limparem-nas com cuidado, se não as deixar guardadas bem sequinhas e limpas, em local apropriado, tais como organizadores com antimofo e não em cima da estante pegando poeira, se em vez de passar papel toalha ou higiênico nas lentes apenas usarem um soprador e uma escovinha apropriada supermacia e algodão e, principalmente, se tiverem cuidado no manuseio do equipamento, carregando a câmera em sacola ou bolsa acolchoada, evitando batidas, tombos ou impactos diretos e desnecessários, suas camerazinhas agradecerão de coração e serão suas companheiras fiéis na captura, no registro, na fotografia do que é belo e relevante, porque do feio e do boçal já estamos todos de saco cheio. Queremos o sorriso, o amor e a paz de volta. Esses, sim, valem a pena e ficam lindos em um quadro.
Um forte abraço a todas(os) e não deixem de seguir, curtir e amar o meu canalzinho querido Analógico Lógico, no YouTube e boas fotos!
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