Juliana Paiva comenta o trabalho em ‘Salve-se Quem Puder’
Desde que viu Luna/Fiona (Juliana Paiva) pela primeira vez, Helena (Flávia Alessandra) não esconde o incômodo com a presença da jovem. Por diversas vezes, o encontro entre mãe e filha termina inevitavelmente com discussão e indagações. Helena, por sua vez, não consegue definir esta sensação, mas confidencia a Úrsula (Aline Dias) que a fisioterapeuta mexe com ela. Úrsula é outra que anda incomodada com a aproximação de Luna/Fiona com o namorado Téo (Felipe Simas). Além do ciúme excessivo, Úrsula pressente que Téo está diferente e que a razão pode ser Luna/Fiona.
A gota d´água para Helena é quando flagra Luna/Fiona sozinha na sala de sua casa. Ao perceber que ela observa tudo, e que está com um ‘santinho’ da Virgem de Guadalupe em mãos, Helena tem um acesso de ódio. Rapidamente, ela trata de expulsar a garota do local. Nervosa, Helena fica ainda mais apreensiva porque a situação a faz relembrar o passado vivido no México e as ‘mortes’ de Mário (Murilo Rosa) e da filha. Luna/Fiona sai de lá arrasada e cada vez mais decepcionada com as atitudes de Helena.
A sequência vai ao ar a partir de hoje, dia 16. ‘Salve-se Quem Puder’ é criada e escrita por Daniel Ortiz com direção artística de Fred Mayrink e direção geral de Marcelo Travesso.
Entrevista com Juliana Paiva
Como foi a experiência de voltar às gravações da novela nos Estúdios Globo após cinco meses de interrupção?
A experiência da volta foi muito bacana, porque a gente estava com muita saudade de trabalhar. A novela parou em um momento crucial onde a história estava se desenrolando, então, quando a gente teve essa pausa, foi meio traumático porque a gente queria muito continuar contando essa história. Voltamos seguindo todos os protocolos de segurança e nos adaptamos fazendo nossa própria caracterização e cuidando do figurino. Costumo dizer que foi como se a gente tivesse juntando o teatro com TV. É uma coxia de teatro, com cenário e a magia da televisão. Voltamos para a história que a gente precisava contar e finalizar. E deu tudo certo.
E o reencontro com elenco e equipe nos bastidores das gravações?
A parte da falta de abraço e de beijo por conta do distanciamento social foi especialmente difícil para mim porque eu sou uma pessoa muito afetiva e adoro abraços (risos). Tudo foi em função desta adaptação, do ‘novo normal’. Ainda assim, conseguimos relaxar para mergulhar no ambiente dos personagens. Fora isso, a gente também contou com o aparato da tecnologia para fazer algumas cenas.
Como foi retomar o personagem depois de tanto tempo? Encontrou algum tipo de dificuldade?
Dificuldade não. O olhar do outro ajuda muito na cena. A gente encontra esse lugar de pertencimento. Mas é estranho quando nos afastamos do nosso ‘amigo diário’ que é o personagem. Quando a gente faz uma novela, ficamos 24h pensando e exercitando. Então, eu fiquei com saudade mesmo da Luna. Na época, até brinquei com o Fred (Mayrink, diretor): “Será que eu lembro como faz isso?”. Mas a gente lembra. É igual a andar de bicicleta!
O que o público pode esperar da fase final de ‘Salve-se Quem Puder’ com a exibição dos capítulos inéditos a partir de maio?
Terá muita cena de ação, as questões emocionais da Luna e os desfechos desta história que desenvolvemos. Estou numa expectativa grande para ver no ar. Luna e Helena terão o tão esperado encontro verdadeiro. É a cena em que estou mais ansiosa para assistir porque a gravação foi muito emocionante. Desta vez, foi um processo diferente de qualquer outro trabalho anterior. Novela é uma obra aberta, um processo vivo. A gente vai gravando e sentindo a resposta do público. Agora vou assistir junto com todos como espectadora.