‘Caótica – uma ótica bem-humorada sobre o meu caos’ : Atriz Priscila Assum estreia como autora e interpreta seu primeiro solo

 

No dia 08 de abril, 5ª feira, às 21h, estreia o solo Caótica – uma ótica bem-humorada sobre o meu caos, no YouTube. Serão apenas quatro apresentações nos dias 08, 09, 10 e 11 de abril. A ‘peça- metragem’ ou ‘filme ao vivo’ é interpretado pela atriz Priscila Assum – ela também assina o texto, que marca sua estreia como autora. A comédia conta com a direção experiente de Fabio Strazzer, diretor de Dramaturgia da TV Globo, e com a provocação artística da diretora teatral Duda Maia – um dos principais nomes do teatro brasileiro, ela acumula diversos prêmios como ShellAPTRBibi Ferreira, entre outros.

Priscila Assum – Peça “Caótica” – Foto: Fabio Strazzer.

O novo trabalho, escrito durante a pandemia, levanta uma reflexão bem-humorada sobre a ansiedade segundo a ótica feminina. A protagonista é uma mulher que se divide em múltiplos papéis e enfrenta uma crise de ansiedade aguda causada pela tentativa de corresponder ao padrão da mulher ideal imposto pela sociedade contemporânea.

A protagonista faz um paralelo entre o seu caos pessoal e a crise que forçou o mundo a parar. Ela enxerga nesta “pausa forçada” uma oportunidade de olhar para si e se reconhecer em meio às inúmeras máscaras que havia criado para viver. Priscila interpreta diferentes personagens e alterna entre narração e dramatização, em um ágil e divertido jogo cênico que explora as possibilidades do teatro e os recursos audiovisuais, revelando a linguagem híbrida da obra.

Para essas exibições de Caótica via YouTube, tive a sorte de poder contar com uma equipe que reúne profissionais tanto do audiovisual quanto do teatro. Dessa forma, somamos os recursos que cada um desses veículos nos traz para contar essa história de maneira criativa, divertida e ágil. Nesse momento tão delicado, acho importante levar um pouco de diversão para as pessoas”, acrescenta a autora e atriz Priscila Assum.

Priscila Assum – Peça “Caótica” – Foto: Fabio Strazzer.

A ‘peça-metragem’ será realizada devido ao patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, por meio do Edital da Lei Aldir Blanc RJ/Retomada Cultural.

A ansiedade é considerada o mal do século e, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo: 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) convivem com o transtorno e as mulheres são as mais afetadas por ele. Abordar o assunto, mesmo que de forma leve e bem-humorada, é essencial para reforçar a relevância do tema. 

Caótica convida o público para participar do universo desta mulher e testemunhar o diálogo sensível e divertido dela consigo mesma. A personagem, ao compartilhar suas experiências, atua como uma rede de suporte e empatia.

No dia 11 de abril, domingo, a apresentação terá tradução em Libras. Antes do espetáculo começar, haverá uma audiodescrição narrada pela atriz situando as pessoas com deficiência visual em relação aos espaços, objetos, figurinos e adereços utilizados durante a exibição.

 

Priscila Assum – Peça “Caótica” – Foto: Fabio Strazzer.

ENTREVISTA COM PRISCILA ASSUM
Priscila conversou como ArteCult e nos contou como nasceu o projeto, os desafios e suas expectativas desse seu primeiro solo em peça de sua própria autoria:

Você é uma atriz muito versátil. Já interpretou uma cantora no longa Tudo Acaba em Festa (André Pellenz), a sexy Desirèe, na novela O Outro Lado do Paraíso, uma socialite na série O Mecanismo, da Netflix, entre diversos outros papéis. Você parece mergulhar muito na construção dos personagens. Qual foi a motivação para interpretar agora uma mulher em crise de ansiedade? 

Obrigada, realmente procuro personagens que me possibilitem olhar o mundo por diferentes perspectivas e isso é o mais rico para mim, aprendo muito com elas.  No caso do solo Caótica – uma ótica bem humorada sobre o meu caos, o que me inspirou foi um livro que li há tempos. Também passei por uma crise de ansiedade em 2016 e quis entender melhor o que havia acontecido comigo. Porém, apesar do subtítulo da peça ter o pronome “meu”, não se trata de um relato da minha experiência pessoal, é um texto de ficção.  E também vale destacar que o texto não se refere ao caos pandêmico, sobre esse não podemos ter bom-humor algum, é desolador. Mas por ter passado por uma crise de ansiedade, me senti autorizada a colocar uma lente de aumento sobre esse tema tão relevante e a tratá-lo com leveza. A personagem do texto  acredita que precisa corresponder a todas as demandas e se viu “do nada” acometida por uma crise. A mulher desse solo não quer parar para entender o que se passa com ela, só quer que sua vida volte “ao normal”. Nessa jornada, ela irá se colocar em situações absurdas sem perder a oportunidade de rir de si mesma.  Em determinado momento, ela percebe que só olhando para dentro poderá sair da crise e será bonito vê-la se despindo de todas as máscaras que havia criado e recuperando antigos prazeres que haviam ficado perdidos no tempo.

 

Você é uma atriz experiente, começou cedo e já aos 13 anos ganhou o Prêmio Especial do júri do Festival de Gramado ao protagonizar o filme Como Nascem os Anjos. Este é o seu primeiro solo. Quais são os principais desafios de se ver sozinha em cena? 

Sim, comecei cedo e tive muita determinação para seguir na carreira, que por natureza é super instável. Mas me considero sortuda de trabalhar com o que amo. O maior desafio nesse solo é a realização. Idealizei o projeto, escrevi o texto, participei da concepção… e justamente para não me sentir sozinha em cena, chamei uma equipe linda que me dá todo suporte.

 

Quanto tempo você levou para escrever Caótica? Como foi o processo de escrita e qual foi a inspiração? 

Escrevi Caótica durante o primeiro mês da pandemia, mas já era uma ideia que vinha martelando na minha cabeça há tempos. Aproveitei a pausa forçada para realizar antigos desejos, como escrever, por exemplo. Porém, já era um movimento natural que estava acontecendo comigo. No início de 2020, estava justamente envolvida com a idealização de um outro projeto, que em breve pretendo dividir também. Então, quando tudo ficou em suspenso, resolvi focar no solo.  Por ter um diretor em casa, me pareceu possível realizá-lo dentro dessa realidade em que nos encontramos. A criação se tornou meu bote salva-vidas nesse momento terrível pelo qual estamos passando.

Como é a sua dinâmica de trabalho em casa com o Fabio? Vocês criaram uma rotina com horários rígidos? Como acontece o processo?

 É uma loucura, tudo acontece ao mesmo tempo. Filho interrompe porque está com fome, interfone toca, cachorro late… Acho que, como todos que estão trabalhando de casa, tenho a sensação de trabalhar mais horas do que se estivesse saindo para um ensaio ou set de gravação. Parece que as demandas não acabam nunca! Rs

SINOPSE:

Caótica é um solo que usa a linguagem da comédia para abordar a questão da ansiedade (agravada pela pandemia) sob a ótica feminina. A narrativa apresenta o universo de uma mulher, profissional exemplar, casada e mãe que sofre com os sintomas de ansiedade: insônia, dificuldades de concentração, taquicardia, transpiração excessiva e falta de ar. Para resolver o problema, ela busca ajuda de médicos, terapeutas e gurus. Seu maior desejo no momento é que sua vida volte ao normal. Nesta jornada, ela se envolve em situações absurdas, não perdendo a oportunidade de rir de si mesma. A protagonista traça um paralelo entre seu caos pessoal e a crise mundial que forçou o mundo a parar. Ela enxerga nesta “pausa forçada” uma oportunidade de olhar para si e se reconhecer em meio às inúmeras máscaras que havia criado para corresponder à imagem da mulher ideal, segundo os padrões impostos pela sociedade contemporânea.

 

 

Fabio Strazer. Foto: Divulgação.

Sobre Fabio Strazzer – Diretor

Diretor de dramaturgia da Rede Globo desde 2007, tendo em seu currículo inúmeras novelas de sucesso como Escrito nas EstrelasA Força do Querer, O Outro Lado do Paraíso e Jóia Rara (vencedora do Emmy de melhor novela), entre outras; e séries como Casos e Acasos e Por Toda a Minha Vida. Atualmente, integra a equipe de direção da novela Pantanal, que será exibida pela Rede Globo

 

 

 

 

 

 

Duda Maia. Foto: Divulgação.

Sobre Duda Maia – Provocadora Artística 

Formada pela Escola de Dança Angel Vianna, foi professora de corpo do Curso Profissionalizante de Atores da CAL (1998-2008). De 1996 a 2006, foi diretora e coreógrafa da Trupe do Passo. Duda é hoje um dos principais nomes da direção teatral no Brasil. Dirigiu diversos espetáculos que foram sucesso de público e crítica, entre eles destacam-se ElzaAUÊ e A Gaiola.  Duda já recebeu vários dos prêmios mais importantes no país na categoria Melhor Direção como Zilka SallaberryShellCesgranrioBotequim CulturalPrêmio APCABibi FerreiraPrêmio Reverência de Teatro Musical Prêmio CBTIJ.

 

 

 

Sobre Priscila Assum – Atriz

Priscila Assum. Foto: Fabio Strazzer.

Atriz carioca com ampla experiência em teatro, cinema e TV, Priscila trabalhou com os principais diretores da atualidade. Premiada em diversos festivais de cinema por sua atuação em filmes como Como Nascem os Anjos, de Murilo Salles. Em 2020, fez parte do elenco da série Reality Z (Conspiração Filmes), exibida pela Netflix e dirigida por Cláudio Torres. Em 2018, Priscila protagonizou o longa Despedida de Noivado de Roberto Santucci, com lançamento previsto para 2021. Em 2017/18 fez parte do elenco da novela O Outro Lado do Paraíso (TV Globo), de Walcyr Carrasco, e atuou na série de sucesso O Mecanismo, na Netflix, dirigida por José Padilha. Nos cinemas, esteve em cartaz na comédia Tudo acaba em Festa, de André Pellenz, com sua atuação destacada pela crítica especializada, e A Menina Índigo, de Wagner de Assis – mesmo diretor de Nosso Lar.

 

 SERVIÇO:

Caótica – uma ótica bem-humorada sobre o meu caos

Estreia: 08 de Abril (5ª feira)

Temporada: 08,09,10 e 11 de Abril

Horário: 21H 

Canal: http://bit.ly/3rErQDE ( inscreva-se! )

Instagram: @priassum

Gênero: Comédia

Duração: 45 minutos

Classificação Indicativa: 14 anos

Gênero: Comédia

Gratuito!

 

Ficha Técnica:

  • Texto e Atuação: Priscila Assum
  • Direção: Fabio Strazzer
  • Provocação Artística: Duda Maia
  • Supervisão de Texto: Leandro Muniz
  • Assistente de Direção: Kika Werner
  • Direção Musical: Rodolpho Rebuzzi
  • Música original: Rodolpho Rebuzzi e Marcos Amorim
  • Direção de Arte: Mayra Renna
  • Figurino: Bruno Perlatto
  • Direção de fotografia e montagem: Marcelo Gibson
  • Live Streaming: Ghetto Filmes
  • Projeto Gráfico: Edu Juffer
  • Assessoria de Imprensa: Cristiana Lobo / Círculo Comunicação
  • Coordenação de Produção: Renata Campos
  • Gerência Financeira: Estufa de Ideias
  • Realização: Pri Assum
  • Patrocínio: Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Aldir Blanc

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