A franquia “Como Cães e Gatos”, iniciada em 2001, surpreende com suas sequências inesperadas que surgem na surdina, pelo fato do lançamento dos filmes ter um grande período entre elas, já que a sequência do original “Como Cães e Gatos 2: A Vingança de Kitty Galore” estreou em 2010, e 10 anos depois do segundo filme, temos esse novo filme, “Como Cães e Gatos 3: Peludos Unidos”,que por sua vez é bem decepcionante para o público que espera ver algo parecido com os filmes anteriores.
Nessa sequência, o diretor Sean McNamara conduz o filme da forma mais simplista possível, entregando um ritmo bem padrão e sem grandes surpresas que façam o espectador ter algum tipo de reação inusitada, em vez disso, parece que seu trabalho é só conectar uma cena a outra e fazer com que faça algum sentido essa transição. O roteiro também não ajuda, entregando uma história absurdamente clichê e sem identidade, com a estrutura básica de filmes infantis dos mocinhos tentando impedir o vilão de concretizar seu plano maligno,tendo ainda recursos narrativos genéricos, como por exemplo o vilão tentando destacar sua maldade fisicamente, mas isso só faz ele parecer bobo, ou ainda um personagem falar algo sobre a característica de outro personagem e o mesmo fazer o contrário para fazer uma piada que só vai atingir o público infantil.
Embora o título do filme carregue o nome de uma antiga franquia da Warner Bros que possui cães e gatos espiões falantes como protagonistas, o filme em si não tem nenhuma conexão com seus antecessores, nenhum dos personagens dos outros filmes aparecem, e a única, literalmente a única conexão que o filme faz com a franquia é a breve citação do nome dos vilões dos dois primeiros filmes. O título “Como Cães e Gatos” poderia ter sido suprimido e mesmo assim não faria diferença alguma, provavelmente só acrescentaram esse filme à franquia pela temática e para atrair o público de uma antiga franquia que já tinha sido esquecida.
Os arcos humanos também não têm nenhum tipo de impacto no arco de seus pets, além de fazer uma crítica batida de que as pessoas estão mais conectadas com a tecnologia do que com seus pets, que não há mais muita dedicação, as histórias pessoais deles também não tem nenhum peso dramático com que faça que o público se conecte de alguma forma a eles.
Para não dizer que o filme é uma causa perdida, embora extremamente limitado, o diretor não tenta transformar o filme em algo maior ou memorável, apenas assume um perfil de filme focado na diversão das crianças para não ser totalmente maçante para os adultos, seguindo essa linha de pensamento durante todo o filme. A motivação do vilão é compreensível, entende-se bem seu ponto de vista, mesmo não sendo uma figura fisicamente ameaçadora, diferente dos filmes anteriores da franquia, o uso de CGI e de animatrônicos são bem limitados pelo fato do baixo orçamento, usando bastante animais reais, o que dá mais realismo e carisma aos personagens, utilizando esses recursos apenas para mover os seus lábios ou criar expressões mais exageradas para ilustrar melhor suas emoções.
Mesmo sendo nada criativo, com personagens sem nenhuma função, piadas que dão vergonha alheia e um plot inesperado, “Como Cães e Gatos 3: Peludos Unidos” é uma diversão em família bem dentro do esperado que pode agradar boa parte do público, mesmo achando o filme fraco.
NOTA: 3
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