Programação com importantes nomes da dança nacional, de diferentes vertentes, traz nesta semana espetáculos ao vivo de Rubens Oliveira e Morena Nascimento
Sempre às terças e quintas, às 21h30, uma atração diferente apresenta trechos de obras, fragmentos, adaptações ou íntegra de coreografias em transmissões ao vivo no YouTube do Sesc São Paulo e o Instagram do Sesc Ao Vivo
Recém-lançada, a programação da série Dança #EmCasaComSesc, que apresenta sempre às terças e quintas, às 21h30, uma atração diferente, traz esta semana dois novos espetáculos para o público: Makahla, com Rubens Oliveira, na terça-feira, dia 7/7, e a MADEIRA, uma dança para meu pai, com Morena Nascimento, na quinta, 9 de julho.
Makhala é o primeiro espetáculo solo de Rubens Oliveira. Após três anos de experimentações, o coreógrafo e bailarino fez uma viagem a Moçambique no início de 2020 e compartilha agora o que ele encara como um fechamento de ciclo, parte do processo do solo que deve estrear após a pandemia. Rubens Oliveira iniciou sua formação em dança na periferia de São Paulo e há 10 anos dirige a Cia Gumboot Dance Brasil. Além do trabalho com bailarinos profissionais, Rubens realiza projetos com não bailarinos, provocando reflexões sobre a potência das transformações a partir do movimento e da dança.
Já na quinta-feira, 9/7, no mesmo horário, às 21h30, Morena Nascimento, que foi bailarina intérprete do Tanztheater Wuppertal Pina Bausch (companhia com a qual continua atuando como convidada) e desenvolve trabalho autoral como artista independente desde 2001, entre muitos outros trabalhos, apresenta a dança-improviso MADEIRA, uma dança para meu pai, que será realizada na casa onde o pai falecido da criadora viveu por muitos anos e onde ela mesma passou momentos da infância e adolescência.
Sempre às terças e quintas-feiras, às 21h30, acontece uma apresentação diferente no formato de solos, duplas ou com mais integrantes – desde que estes já estejam dividindo o mesmo espaço neste período de quarentena – podendo ser coreografias na íntegra, trechos de obras ou adaptações, de acordo com o espaço e proposta de cada trabalho. As apresentações têm duração de até 50 minutos. Em tom intimista, os artistas também são convidados a fazerem comentários sobre o trabalho após a performance. Dentro desta linguagem, a experiência das diversas edições da Bienal Sesc de Dança, que teve sua 11ª edição realizada em setembro de 2019, possibilita a expansão da atuação digital da instituição. A programação terá como foco abranger o maior número de vertentes e movimentos da dança, em suas expressões, diversidades e poéticas de corpos, dentro das muitas áreas de pesquisa, como a clássica, urbana, contemporânea, performática e experimental.
A iniciativa faz parte das diversas ações digitais que expandem a atuação da instituição no campo virtual, como a plataforma do Sesc Digital e a programação de transmissões de música e teatro da série Sesc Ao Vivo.
“As artes, em todas as suas linguagens, têm sido altamente impactadas pelas restrições de convívio social e pela suspensão das contratações dos artistas e de toda a cadeia de criação e produção. O desenvolvimento da Plataforma Sesc Digital expressa nossa preocupação com a expansão da atuação social do Sesc para o ambiente digital”, comenta Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo. “Acreditamos ser possível, ainda que desafiadora, a experimentação de uma prática cênica, performativa, em novos formatos, gramáticas e suportes. Pretendemos contemplar outras linguagens artísticas em nossas transmissões ao vivo nos próximos dias”, conclui.
Dança na TV
Além das lives, o público interessado em dança poderá conferir também a série Dança Contemporânea, exibida desde 2009 pelo SescTV, e que acaba de ganhar nova temporada no canal e na internet. Os 13 novos episódios propõem um olhar plural para a cena da dança contemporânea no país a partir das poéticas do corpo negro. Integrados ao projeto #Do13ao20 – (Re)Existência do Povo Negro (sescsp.org.br/do13ao20), que propõe diálogos sobre a condição social da população negra e objetiva reiterar os valores institucionais, bem como o reconhecimento das lutas, conquistas, manifestações e realidades do povo negro, a curadoria desta temporada é assinada pela artista e pensadora em dança, gestora cultural e cientista social Gal Martins. Sua proposta evidencia as corporalidades plurais nas danças contemporâneas com o intuito de fazer presente, com dignidade, a multiplicidade de vozes que compõem o universo dança em todo o país, contemplando os corpos negros, femininos, periféricos, gordos, LGBTQI+ e tantos outros.
Além de Encruzilhada, do Grupo Fragmento Urbano, fazem parte da temporada: Arquivo Negro – Passos Largos em Caminhos Estreitos – Cia Pé no Mundo; Noite de Solos composto pelas apresentações Depoimentos para Fissurar a Pele – Núcleo Djalma Moura e Corredeira – Nave Gris Cia Cênica; Filhxs -da- P°##@ – T O D A – Coletivo Calcâneos; Herança Sagrada – A Corte de Oxalá, com o Balé Folclórico da Bahia; Cria – Cia. Suave; Eles Fazem Dança Contemporânea – interpretado por Leandro Souza; Anonimato- Orikís aos Mitos Pessoais Desaparecidos – Cia Treme Terra; Subterrâneo – Gumboot Dance Brasil; 5 Passos para não Cair no Abismo – Cia Urbana de Dança; Mulheres do Àse.- com Edileusa Santos ; Sons D’Oeste –Trupe Benkady e Mensagens de Moçambique – Taanteatro Companhia.
+ Sesc Digital
A presença digital do Sesc São Paulo vem sendo construída desde 1996, sempre pautada pela distribuição diária de informações sobre seus programas, projetos e atividades e marcada pela experimentação. O propósito de expandir o alcance de suas ações socioculturais vem do interesse institucional pela crescente universalização de seu atendimento, incluindo públicos que não têm contato com as ações presenciais oferecidas nas 40 unidades operacionais espalhadas pelo estado. Por essa razão, o Sesc apresenta o Sesc Digital, sua plataforma de conteúdo!
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