A Netflix se despediu de 2019 com um grande presente: a tão aguardada série The Witcher. Estrelada pelo “Homem de Aço” Henry Cavill, a série chegou tanto para agradar os fãs dos livros e dos games quanto para criar uma nova legião de fãs.
O sucesso foi tão estrondoso que a segunda temporada já foi confirmada e a terceira já está no radar do serviço de streaming. A série vem, inclusive, desbancando Stranger Things, também um original Netflix, como a série mais popular da plataforma.
Mas a que se deve tamanho sucesso?
A série, com uma pegada medieval (que atraiu inclusive os fãs órfãos de Game of Thrones) é cercada de magia, lutas e destinações que ligam as diferentes partes da história. Criada por Lauren Schmidt Hissrich , acompanhamos as missões e aventuras de Geralt de Rívia, um mutante, um bruxo muito poderoso.
Por se tratar do relato de vários contos de vários personagens do universo, de início, a trama se mostra um tanto quanto confusa com relação à linha temporal. Conforme o avanço da história, as coisas vão ficando mais claras e os fatos começam a fazer mais sentido, as relações entre os personagens começam a se estabelecer. Um ponto bastante positivo da série, que o público geral agradece, é que a narrativa procura explicar (após essa confusão inicial) pontos e conceitos importantes que aqueles que não estão familiarizados com os jogos ou os livros ficariam facilmente perdidos.
Os personagens secundários são muito bem trabalhados: o arco de Yennifer (Anya Charlota), mesmo antes de seu primeiro encontro com Geralt, já se mostrou bem trabalhado e é mostrado de forma a prender a audiência.
Às vezes acontece de os idealizadores de filmes e séries exagerarem ao colocar a responsabilidade de escape cômico da produção em um único personagem. Quando esse é um bardo, então, que vive fazendo músicas em uma série de fantasia e guerra, esse risco dobra. Felizmente, a criadora consegue um grande ponto, com músicas tão viciantes, que até mesmo o ator do bardo Jaskier (Joey Batey) não consegue esquecer. A original “Toss a coin to your witcher“, uma das primeiras músicas apresentadas, já está até mesmo disponível no jogo Beat Saber. O arco de Cirilla (Freya Allan), entretanto, apesar de ser importantíssimo na trama, não cativa tanto assim.
Os trejeitos e caracterização dos personagens estão bem fiéis às mídias na qual está baseada. O visual que realça a beleza de Cavill e seus incontáveis “Hmm” durante os episódios já renderam muitos memes e compilados nas redes sociais, ajudando a aumentar a divulgação e popularidade da produção.
As lutas bem coreografadas deram um toque especial nas cenas de ação. A responsabilidade ficou por conta de Vladimir Furdik, o Rei da Noite de GoT. Outro ponto bastante elogiado aqui no Brasil foi a dublagem. A grave voz icônica de Guilherme Briggs serviu perfeitamente ao bruxo.
O final bastante previsível, porém, não desanimou a espectativa pelos próximos capítulos, previstos para 2021.
STEPHANIE MIRANDA
Acompanhem-nos em nossas redes sociais:
@artecult , @cinemaecompanhia , @cabinesete ,
@cinestimado e @hospicionerdoficial