A partir de janeiro, TV Globo, Globosat, Som Livre, Globo.com, Globoplay e DGCorp vão se juntar em uma nova empresa que receberá o nome Globo. Anunciada hoje pelo presidente executivo Jorge Nóbrega, a estrutura integrada é resultado da estratégia de transformação digital da Globo, iniciada em setembro de 2018, com o programa UmaSóGlobo.
É uma grande transformação. Centrado no relacionamento direto e no profundo conhecimento do consumidor, o programa UmaSóGlobo alia tecnologia e dados a conteúdos de altíssima qualidade, permitindo ampliar a oferta de experiências ao público. Sem abrir mão de sua crença na força da TV, a empresa trabalha para ser também um dos maiores players de produtos e serviços digitais (D2C) do Brasil.
Em sua nova estrutura, a Globo continuará a ter o conteúdo como grande diferencial competitivo, usando os melhores princípios e técnicas dos produtos digitais, lineares e publicitários. Mas vai além: centralizará a criação e produção de conteúdos de forma separada dos canais e serviços, agrupará os negócios digitais em uma única área, concentrará as expertises corporativas em núcleos de competência para apoio a toda a empresa e buscará parcerias para explorar novos segmentos de negócio, relacionados a seus ecossistemas.
“A marca Globo como a conhecemos hoje, sinônimo de TV aberta, passa a dar nome a uma empresa nova, ampliada, integrada e orientada a novos desafios e oportunidades. Estamos transformando nossos negócios atuais e desenvolvendo novos. A experiência digital mudou muito a maneira como o público consome mídia, conteúdos e serviços, e nós mudamos junto. O investimento que estamos fazendo em novas tecnologias e modelos de negócio não implica abandonar as nossas forças tradicionais. Nossa estratégia amplia a força da televisão, ao unir TV aberta e TV fechada às oportunidades digitais, com o consumidor no centro do negócio”, explica Jorge Nóbrega.
Nessa nova estrutura, Paulo Marinho, à frente de ‘Canais Globo’, responderá pela TV Globo, pela gestão de sua rede de afiliadas e pelo portfólio dos canais de televisão por assinatura.
A ‘Criação & Produção de Conteúdo’ será liderada por Carlos Henrique Schroder, que vai comandar a criação e produção, para todas as plataformas, de conteúdos de Entretenimento, Esporte e Jornalismo. A orientação editorial do jornalismo da empresa continuará sendo exercida pelo Conselho Editorial do Grupo Globo, que conta com a participação de Ali Kamel, diretor de Jornalismo da Globo.
‘Produtos & Serviços Digitais’ estará a cargo de Erick Brêtas, gerindo o portfólio de iniciativas digitais, como Globoplay, G1, Globoesporte.com, Gshow, a home da Globo.com, o Cartola e novos produtos e serviços que continuarão a ser lançados.
Concentrando toda a venda de publicidade, a área de ‘Soluções Integradas de Publicidade’, sob a direção de Eduardo Schaeffer, monetizará os inventários lineares e digitais, com a missão de maximizar a receita publicitária, oferecendo oportunidades para marcas e anunciantes que serão substancialmente alavancadas por inteligência de dados, gerando ainda mais resultados mensuráveis para os clientes.
A aquisição de diversos tipos de direitos necessários à produção audiovisual, principalmente em esporte e entretenimento, estará também reunida numa nova área, ‘Aquisição de Direitos’, sob a liderança de Pedro Garcia.
Comandada por Rossana Fontenele, a área de ‘Estratégia & Tecnologia’ será responsável pela proposição da visão de longo prazo do negócio, parcerias e alinhamento estratégico. ‘Tecnologia’, disciplina fundamental para a transformação da Globo em uma empresa mediatech, também se reportará a Rossana.
‘Marca & Comunicação’ terá Sergio Valente à frente. ‘Finanças, Jurídico & Infraestrutura’ responderá a Manuel Belmar. Claudia Falcão vai liderar ‘Recursos Humanos’. Paulo Tonet comandará ’Relações Institucionais’. E Marcelo Soares estará à frente da ‘Som Livre’ – acumulando essa função com a gestão do ‘Sistema Globo de Rádio’.
A ‘Editora Globo’, sob a direção geral de Frederic Kachar, permanecerá com gestão independente da nova estrutura Globo, se reportando a Jorge Nóbrega.
Roberto Marinho Neto assumirá a liderança da ‘Globo Ventures’, saindo do comando do Esporte. Na Globo Ventures, será responsável pelos investimentos diretos dos acionistas em novos negócios, mantendo uma relação constante de proximidade e atuação articulada com a Globo.
“O modelo que apresentamos é um passo muito importante em nossa jornada de transformação. Escolhemos nos organizar por produtos e serviços – lineares, digitais e publicitários – e não por gêneros de conteúdo, permitindo um olhar de portfólio multigênero e multiplataforma. Com isso, o Esporte deixa de se organizar como uma vertical de negócio. A criação e produção de conteúdo esportivo será parte da área integrada de Criação & Produção de Conteúdo e as demais funções estarão distribuídas nas outras áreas da empresa. Os ganhos alcançados com a integração do Esporte, em 2016, foram fundamentais para darmos esse passo hoje. Sob a liderança de Roberto Marinho Neto, fizemos história na cobertura das Olimpíadas e da Copa do Mundo, mas também na gestão integrada de direitos e no conhecimento do torcedor brasileiro, comprovando o potencial de atuarmos juntos”, esclarece o presidente executivo da Globo.
As mudanças começam a ser implantadas em janeiro e a evolução desta primeira etapa da estrutura organizacional da Globo será detalhada nos próximos meses, como parte dos desdobramentos do programa UmaSóGlobo.
“Temos uma posição única no mundo. Temos na Globo os melhores talentos e agora, integrados, mais de 100 milhões de brasileiros passando por nossas telas todos os dias. Nos preparamos para nos relacionar diretamente com eles, através de inteligência e do conhecimento profundo que o enorme engajamento e a relevância dos nossos conteúdos nos proporciona. Para maximizar o valor dos nossos negócios como um todo, vamos ganhar mais eficiência com estruturas integradas, manter a qualidade dos nossos conteúdos, agregar tecnologia que nos permita experiências diversificadas de consumo e incorporar análises de dados do consumidor para alimentar a criação de conteúdos, a sua oferta direcionada, a melhoria dos serviços e a publicidade. Seremos em pouco tempo uma mediatech, com soluções mais flexíveis e ofertas muito variadas para as pessoas consumirem nosso conteúdo exclusivo por via digital ou da forma que elas quiserem. Essa Globo, que nasce em janeiro, é uma empresa única, com dois corações, um no conteúdo diferenciado e o outro na tecnologia e nas oportunidades que ela traz”, conclui Jorge Nóbrega.
Crédito das Fotos: Globo / João Cotta