Uma das mais esperadas produções de 2019, o live action “O Rei Leão” de Jon Favreau, traz um dos maiores clássicos dos Estúdios Disney com um visual de deixar qualquer um boquiaberto. O público é muito apegado à animação de 94, suas músicas e trabalhos de dublagem ecoam em todos até hoje e foi com esta imensa responsabilidade e grande desafio, Jon Favreau que já mostrara maestria em “Mogli – O Menino Lobo”, precisava trazer mais uma vez um trabalho avassalador, imprimindo o carisma dos grandes personagens da animação neste filme. Será que ele conseguiu? Confira a nossa crítica a seguir.
A história traz a mesma roupagem do clássico de 1994, todas as músicas, cenários e personagens estão no filme, mas agora tudo com um grau absurdo de realismo, visto que a técnica adotada foi ainda mais aperfeiçoada. Todo o trabalho de voz foi muito bem conduzido com um elenco de peso: James Earl Jones que dá voz a Mufasa, Alfre Woodard é a Sarabi, Chiwetel Ejiofor dá voz ao vilão Scar, Donald Glover ao Simba em sua fase adulta e Beyoncé Knowles a Nala, entre outros. Um trabalho impecável de voz neste filme desenvolvido por todos os envolvidos. Na trama Simba (Donald Glover) é um jovem leão cujo destino é se tornar o rei da selva. Entretanto, uma armadilha elaborada por seu tio Scar (Chiwetel Ejiofor) faz com que Mufasa (James Earl Jones), o atual rei, morra ao tentar salvar seu filhote. Consumido pela culpa, Simba deixa o reino rumo a um local distante, onde encontra amigos que o ensinam a mais uma vez ter prazer pela vida.
A história do live action apresenta mais uma vez o ponto central na vida de Simba, com toda a sua trajetória para tomar o seu lugar como o Rei da Savana, desde a sua tragédia, seu luto, depois conhecendo seus novos amigos Timão (Billy Eichner) e Pumba (Seth Rogen) com quem aprende o famoso – e icônico – bordão que todos nós amamos (“Hakuna Matata”), e tendo que deixar o passado para trás e encarar seu futuro. Impossível não relembrar o VHS verde do clássico dos anos 90 ao escutar a música neste live action. Nostalgia é o nome.
Em relação aos aspectos técnicos, o filme não deixa nada a desejar. A trilha sonora é algo de uma identidade única e especial em todas as suas nuances e possui uma produção de responsa com um grande nome do cenário musical mundial: Pharrell Williams, cujo talento casa perfeitamente com a do gigante compositor de trilhas sonoras inesquecíveis do Cinema: Hans Zimmer. Os dois entregam um deleite aos ouvidos do público, que vai se arrepiar a cada instante. Já no âmbito do fotorrealismo, um espetáculo à parte, com um CGI extremamente bem executado e alinhado com o roteiro, que nos transporta para a savana africana e nos faz acreditar que aqueles animas realmente ganharam vida nas telonas. São tantos detalhes, mas tanto detalhes, que não possuo palavras para mensurá-los. Mas, o que é um vislumbre aos olhos, acaba se tornando algo artificial no quesito carisma, pois os personagens da animação são a magia do filme e aqui, em muito deles (digamos 80%) não funciona muito bem, infelizmente. Não tem como não traçar uma linha de comparação neste aspecto, digamos que o personagem mais carismático do filme é o Pumba (Seth Rogen), por toda a sua totalidade, já o Timão (Billy Eichner) e Zazu (John Oliver) ganham nossos corações pelos seus ótimos diálogos. Os demais, infelizmente não cativam tanto, mas, nada que atrapalhe a experiência do filme.
Quanto às canções , destaque para Can You Feel the Love Tonight” e “Spirit”, interpretadas por uma das maiores cantoras do mundo, Beyoncé. A primeira, com a participação de Donald Glover, é de uma beleza sem igual, grandiosa. Fora as ótimas “Hakuna Matata” e “I Just Can’t Wait to Be King”, que enriquecem ainda mais a produção, não há possibilidade de você não cantarolar juntos aos personagens.
Jon Favreau mostra a que veio, acredito que esta produção foi um dos maiores desafios do cineasta, que consegue entregar um produto final digno de aplausos, por toda a sua totalidade. O realismo aqui visto com animais jamais vimos antes em qualquer outra produção cinematográfica. Mandou super bem, Favreau!
Por fim, se por um lado temos um espetáculo visual empolgante, grandioso e fantástico, por outro, a falta de carisma e expressões dos personagens chegam a nos desanimar um pouco, mas o fator “nostalgia” fala mais alto e assim, aquece os nossos corações por revisitar uma das maiores animações de todos os tempos e por tudo aquilo que representou para uma geração, recebendo uma repaginada e sendo apresentada para a nova geração que irá se inspirar, com certeza, com essa linda história!
CONFIRA O TRAILER
Então é isso galera, “Hakuna Matata”! Corram para assistir essa grande produção que chega hoje a todos os cinemas do país! Obrigado a Disney Studios Brasil pelo convite!
Grande abraço turma e até a próxima!
NOTA : 9,0
LUAN RIBEIRO
ARTECULT – Cinema & Séries
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