Em quantas atividades diárias podemos ter o privilégio de dar e receber um abraço? Pois a dança proporciona isso, o prazer de dançar a dois nas danças de salão. Normalmente, homem e a mulher fazem a dupla mas, em sua versão mais contemporânea – e por falta de homens na dança (sem querer levantar bandeira, mas…) -, a dança a dois também está sendo praticada por duplas femininas.
O Tango e o Samba de Gafieira são ótimos exemplos. São estilos de dança onde o abraço é elemento fundamental. Isso porque ele tem pelo menos duas funções: a primeira é a mecânica do abraço, que define o estilo dessas danças nas quais os dançarinos praticam a maior parte dos movimentos “enlaçados”, quase que abraçados. Isso permite a condução da dama pelo cavalheiro de forma sutil, intuitiva, firme e orgânica. E a segunda função é a psicossocial, envolvendo aspectos cognitivos, emocionais e culturais.
Ao se falar do abraço na dança, é inevitável abordar os benefícios que esse movimento gera à saúde global humana, principalmente no aspecto social, já que facilita a reciprocidade, é um gesto que implica em dar e receber, favorece a socialização e o exercício do respeito ao próximo. Tudo isso e muito mais é o que promove esse simples gesto. Sem contar que um abraço bem apertado é uma delícia!
No Tango, ou na nossa versão brasileiríssima, o Samba de Gafieira, a cumplicidade e a sintonia simbolizados pelo abraço devem estar apurados. Igualzinho na vida!
Logo abaixo, assista a um trechinho de uma exibição da Cia de Tango da Universidad Nacional de las Artes da Argentina.
A todos vocês, um forte abraço!