A capacidade de tornar histórias em quadrinhos em filmes é uma das funções mais desafiadoras e mais exploradas nos tempos atuais. A indústria cinematográfica vem abrindo cada vez mais as opções de live-action nas telonas levando em conta a carga emocional que os filmes conseguem atingir, além de alcançar desde as crianças até os mais adultos. Grande parte dessas adaptações transmitem uma nostalgia por dar vida a personagens que fizeram parte em algum momento de nossa vida, seja lendo “gibis” (HQ’s) ou assistindo a sua versão em desenhos animados, Turma da Mônica é um legado brasileiro e um presente de Maurício de Sousa para todos nós.
O filme “Turma da Mônica – Laços” é uma live-action que chega aos cinemas no dia 27 de junho com a direção de Daniel Rezende, diretor de produções como “Bingo” e da série “O Mecanismo”. Com o roteiro de Thiago Dottori, o bairro do Limoeiro ganha vida nas telonas e junto com ele a turma de amigos inseparáveis, Mônica, Cebolinha, Magali e Cascão.
O elenco mirim formado por Giulia Benite, Kevin Vechiatto, Laura Rauseo e Gabriel Moreira consegue captar a essência e as divertidas peculiaridades de seus personagens. Fazendo um ótimo desenvolvimento ao decorrer do filme e transmitindo lições importantes como amizade e a superação das diversidades de cada um pelo bem de todos.
Turma da Mônica Laços possui uma fotografia encantadora comandada pelo diretor de fotografia Azul Serra. Além de contar com uma harmoniosa montagem de cenas de Sabrina Wilkins e uma trilha sonora produzida por Fabio Goes e cantada por Tiago Iorc. A música é capaz de fazer qualquer coração se derreter na sala de cinema. Os diretores de arte Cassio Amarante e Mariana Falvo fizeram um trabalho formidável suavizando ainda mais a famosa turma dos quadrinhos inanimada e os tornando em personagens reais, embora o tom de verde utilizado para o cão Floquinho tenha um tom um pouco chocante, isto fica irrelevante tendo em vista o maravilhoso trabalho da obra no todo.
Outro ponto alto do filme é o roteiro, que consegue transmitir não só sua mensagem proposta, como também relembra as mensagens de muitas dos quadrinhos de Turma da Mônica, criando mais uma vez a sensação de nostalgia. O filme acaba perdendo um pouco ritmo em seu último ato onde exige mais ação, entretanto os aficionados pelas produções de quadrinhos de Maurício de Souza conseguirão acompanhar tais cenas de forma como quem está lendo o gibi, algo formidável e pouco explorado nos filmes de adaptação.
Mostrando não só a nostalgia, mas também a dificuldade em lidar com as diferenças que um grupo de amigos possui e como é possível superar as diferenças e se tornar em algo que vai além de boas brincadeira e aventura, torna-se algo eterno.
A live-action de fato surpreende e encanta, mostrando um universo infantil, mas necessária para todas as idades, ao tratar de assuntos delicados de forma adocicada, nos fazendo pensar sobre a importância da amizade e sobre como aspectos negativos devem ser conversados para que haja uma amizade mais forte e de laços duradouros.
CONFIRA O TRAILER:
MAYARA MARIA
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