“Mesmo continuando sendo preconceituoso, sem paciência para as respostas e apontando o dedo para todo mundo, a nova fase do Candé, está começando a caminhar para o lado que ele vai começar a enxergar as coisas. Ele vai começar a ter exemplos, histórias que ele vai se dar mal e ai vai ver que se continuar sendo desse jeito não vai adiantar. Vai começar a ter desafios para ele entender, que na maioria das vezes não está certo ”
Difícil acreditar né? Mas parece que vamos ver esse Playboy preconceituoso, mudar. Conversamos com o ator Kayky Brito, que dá vida ao Candé, sobre seu personagem e sua carreira.
“Teve um dia que até minha mãe um dia disse: Você falou isso? , e achei fenomenal, porque toca um pouco as pessoas né, se toca a mim. Quando eu to lendo eu fico: Caramba que presente, mas ao mesmo tempo que desafio, porque certas palavras machucam. Eu tenho um pouco de medo de às vezes falar alguma coisa e talvez me arruinar como Kayky. Mas isso é a insegurança do ator, normal.”
Kayky contou que não é muito chegado nas redes sociais, o ator tem uma conta no Instagram porém, não mexe mal, Facebook entra uma vez ou outra e Twitter, nem tem.
Na trama das sete, a irmã de Candé acaba se apaixonando por Diego, um jovem negro de de classe baixa, é claro que o irmão não gostou nada disso e olha que os pombinhos praticamente são só amigos ainda. Pedimos para Kayky contar um pouco, se essa relação pode ajudar na possível mudança de caráter do personagem.
“Vai ser uma briga violenta. Ele não aceita, mas também não proíbe, ela entra com quem ela quiser na casa, só que ele vai ficar ali no ouvido dela. Apesar de ser mais velho que a Larissa, ele é totalmente retrógrado, ela que pega na mão dele e manda parar de brigar. Depois do episódio com o Doce de Leite (não darei muito spoiler para aqueles que não gostam), a loucura do Candé vai ser dançar. E isso vai remeter outros caminhos para o Candé.”
Perguntamos também se Kayky teve inspiração em algum personagem da década de 90.
“O figurino quando a gente estava aprovando era uma coisa Eike Batista, aquelas roupas largas, agora que atitude não tenho uma coisa só. Fui pegando um pouquinho de cada coisa e criando, não copiei uma coisa só. Eu vi um filme com o Christian Bale chamado American Psycho, acho que dali tirei mais coisas assim. Também tirei um pouco do Ryan Gracie, ele já morreu né, mas assim eu conheci ele, lembro de ser pequenininho, sou amigo do filho dele, mas ele tinha isso de brigar mesmo, não medi as consequências. Então eu puxei um pouco de tudo mesmo, de Hollywood, de Brasil, de Curicica, de tudo.”
O ator se ver muito grato por interpretar alguém tão diferente de si mesmo e acha ótimo pode viver várias pessoas diferentes e conseguir dar vida aos personagens, transmitir a verdade o deixa muito feliz.
“Tudo que eu já fiz, eu já quis ser um dia. Menos a Bernadete que foi um presente, mas eu nunca pensei em ser a Bernadete. Sou muito grato com a profissão, viver da arte é bem gostoso.”
Inclusive o ator comentou que esse papel foi um divisor de águas na sua carreira e mesmo já tendo passado 15 anos do papel, ele só tem que agradecer muito por todo o carinho do público. Kayky comentou que nunca pensou em desistir da profissão, já ficou cansado como é comum com todos, mas está caindo na real mais agora na fase adulta, mesmo sempre tendo a noção sempre do quanto é difícil.