NASCE UMA ESTRELA: a música se une à história com toda intensidade e emoção

“Nasce uma Estrela”, novo filme dos Estúdios Warner, chegou aos cinemas neste último dia 11 com uma grande recepção por parte da crítica especializada, que aclamou as notórias atuações de Bradley Cooper e Lady Gaga. O filme se baseia na proposta da quinta versão para o cinema de uma história centralizada na música e sua ascensão e estrelato, que fora exibida pela primeira vez no ano de 1932.

Bradley Cooper, além de protagonizar o longa, entrega aqui sua primeira direção de um filme e, com sua mão, produz uma obra coesa e centrada, conduzindo o telespectador a conhecer a importância da musicalidade na vida dos seus personagens, bem como suas camadas emocionais. Você vibra, torce, se emociona e vai ao delírio com a trilha sonora que é, sem dúvida, um dos pontos altos da trama.

Na história, temos o astro do Country Music Jackson Maine, interpretado por Bradley, que acaba conhecendo Ally, uma garçonete humilde, batalhadora e extremamente talentosa. Ela almeja alcançar um patamar sonhado por todos que possuem talento musical, o tão desejado reconhecimento, algo muito difícil no meio, em que há muitas pessoas de extremo talento, mas que, por falta de oportunidade, não são reconhecidas mundialmente. Assim, o destino faz com que os dois acabem se encontrando, descobrindo uma avassaladora conexão entre si, provocando uma enorme mudança na vida de ambos.

A construção da ligação entre os dois personagens principais é eficaz e muito rica. A demonstração dos sentimentos acontece de maneira dosada e natural. Você entende as aflições de Ally e o sentimento de Jackson por ela, o mútuo respeito entre ambos que se torna algo forte e sólido. O desejo de ajudar a cantora/compositora parte de Jackson, de maneira voluntária, sem querer absolutamente nada em troca, e o filme mostra a recepção de Ally, que apesar de seus medos e fantasmas do passado, tem como mola propulsora sua própria coragem. Ela se mostra destemida e busca alcançar, um dia, seu maior objetivo.

Nesta proposta, tudo acontece de maneira alternada: o filme ora foca na utilização das redes sociais, ora nas oportunidades de artistas que já se encontram no cenário musical, que abre as portas com bastante dificuldade para as novas revelações, estruturas extremamente atuais e vistas na atual indústria musical.

Lady Gaga está avassaladora com sua personagem marcante, com sua presença de palco e potência vocal. Seu talento aqui é reafirmado e elevado a maior potência, literalmente. A experiência sonora é de você ficar ainda mais impressionado com seu talento.

Contudo é Bradley Cooper que entrega aqui uma das melhores atuações da sua carreira, após grandes filmes como “Sniper Americano” e “O Lado Bom da Vida”. Cooper entrega um Jackson com uma musicalidade original e agradável. Seu personagem é desacreditado e despedaçado por dentro, você entende o quanto sofreu em sua vida e quais são seus refúgios dessa realidade. Seus momentos em tela demonstram emoção à flor da pele. Você acredita em tudo o que ele está passando e a importância de Ally para sua vida, como um sopro renovador de esperança.

Mas, além de tudo isso, o filme imprime a realidade dos fatos, mostrando a verdade nua e crua do mundo da indústria musical, ou seja, por trás dos bastidores. Por mais que sejam astros, acima de tudo, são humanos e possuem seus medos e anseios, tudo traduzido de maneira exponencial em tela.

O roteiro do filme, escrito por Cooper, com cooperação de Eric Roth e Will Fetters, é bastante amarrado e coeso. A fotografia e transições de câmera são acertadas e a imersão do filme em relação a sua sonoridade é potencializada quando o telespectador presencia o filme em uma sala com o melhor som possível.

CONFIRA O TRAILER:

Trata-se de um grande filme que receberá prováveis indicações ao Oscar diante da sua magnitude.

Por fim, “Nasce uma estrela” é uma história de amor ligada à música que demonstra o quanto podemos ser fortes e frágeis. Você se emociona, se encanta, se arrepia, num drama que foge dos padrões genéricos de Hollywood. Por mais que se trate de um remake, vemos originalidade e uma visão única por parte de Cooper, que consegue atingir uma grandiosidade ímpar nessa obra cinematográfica que merece, com toda certeza, ser conferida.

LUAN RIBEIRO

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Author

Luan Ribeiro, natural de Mata de São João, Bahia, é como um "protagonista" que decidiu viver em meio aos grandes filmes. Especialista em comunicação, segue guiado pelo seu amor às histórias épicas e sagas cinematográficas, Luan é o criador do @CinemaeCompanhia no Instagram, que ganhou destaque como a editoria do Canal de mesmo nome no Portal ArteCult.com. Para ele, assistir a um filme é como entrar em um multiverso, uma oportunidade de se teletransportar para galáxias distantes ou enfrentar dragões, tudo enquanto escapa da rotina. Luan é um verdadeiro "rato de cinema", acompanhando as estreias como um Jedi em busca do equilíbrio entre a fantasia e a crítica afiada. A cada visita às telonas, ele analisa o enredo, as performances e, claro, traz aquele toque geek que só um verdadeiro fã de cultura pop pode oferecer. Pelo CINEMA & COMPANHIA, ele não só compartilha críticas e curiosidades como também realiza entrevistas dignas de tapete vermelho, sempre com um olhar atento para valorizar o Cinema Nacional e suas produções heroicas. Instagram.com/CinemaeCompanhia E-mail: luancribeiro@icloud.com

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