Boa Alimentação e Menos Telas: Confira as recomendações da pediatra Bruna de Paula para férias mais saudáveis para as crianças

 

As férias escolares são uma oportunidade para as crianças descansarem e se divertirem, mas também é um período em que os pais precisam estar atentos a dois aspectos importantes: alimentação e tempo de tela. A pediatra Bruna de Paula, idealizadora do Método Comer, alerta sobre o impacto de uma má alimentação e o uso excessivo de dispositivos eletrônicos durante esse período.

 

O cuidado com o uso de telas e mais atividades físicas

Apesar dos dispositivos eletrônicos fazerem parte do cotidiano das crianças, a pediatra alerta sobre o excesso de tempo de tela durante as férias:

“O uso excessivo de telas em detrimento das brincadeiras pode causar uma série de prejuízos ao desenvolvimento infantil, afetando tanto o aspecto cognitivo quanto o emocional, social e físico das crianças. O tempo excessivo nas telas, especialmente em atividades solitárias, pode resultar em crianças menos capazes de interagir e se comunicar eficazmente com outras, além de impedir que as crianças aprendam a regular suas emoções, levando a maior irritabilidade ou ansiedade. Outro prejuízo é o risco de obesidade infantil devido a redução de atividade física quando as crianças passam muito tempo nas telas, e o risco de problemas de postura, com dores nas costas e pescoço, além da visão” (Bruna de Paula)

Confira algumas brincadeiras para aproveitar as férias

  • Pular corda: ajuda a desenvolver a coordenação motora, o equilíbrio e a força muscular. Pular corda também trabalha a consciência corporal e a noção de ritmo.
  • Amarelinha: pular de um pé para outro e requer equilíbrio, coordenação e controle motor. Além disso, ajuda a criança a entender conceitos básicos de números e sequência.
  • Esconde-esconde: além de incentivar o movimento, essa brincadeira estimula a percepção espacial e a coordenação motora, além de desenvolver habilidades de atenção e foco.
  • Brincadeiras com bola (chutar, lançar, pegar): Jogo de bola é ótimo para a coordenação motora, equilíbrio, além de incentivar o trabalho em equipe e o desenvolvimento social.
  • Brincadeiras de faz de conta: Quando as crianças simulam cenários, como brincar de médico, cozinheiro ou heroi, estão desenvolvendo sua imaginação, criatividade, empatia e habilidades de resolução de problemas.
  • Desenho e pintura: Atividades artísticas como desenhar, pintar ou modelar com massinha ajudam as crianças a expressar emoções e sentimentos, além de desenvolverem a coordenação motora fina e a criatividade.
  • Brincar na areia: Ao cavar, construir castelos e manipular areia, as crianças estão desenvolvendo a coordenação motora fina, a criatividade e a percepção sensorial.
  • Jogos de tabuleiro em família: Jogar em grupo pode ajudar a criança a aprender sobre ganhar e perder, desenvolver resiliência emocional e praticar a paciência.

 

Uma alimentação mais saudável

Bruna enfatiza que uma alimentação equilibrada é fundamental para garantir a energia e o bem-estar das crianças, especialmente em dias de lazer e brincadeiras ao ar livre. Além disso, limitar o tempo de tela é essencial para estimular a interação social, a prática de atividades físicas e a criatividade dos pequenos. A especialista defende o equilíbrio e sugere que os pais ofereçam alternativas interessantes às telas, como jogos, leitura e momentos em família.

Quanto à alimentação, a pediatra recomenda priorizar alimentos naturais e evitar ultraprocessados, doces em excesso e frituras.

“A rotina alimentar pode ser adaptada, mas é importante manter horários para as principais refeições e oferecer opções práticas e saudáveis nos lanches”, destaca Bruna.

Ela também lembra que hidratação é crucial, principalmente em passeios ou dias de calor intenso. Água, sucos naturais e água de coco são boas escolhas.

O Método Comer, idealizado por Bruna, tem como objetivo auxiliar pais e crianças a desenvolverem hábitos alimentares saudáveis, mesmo em situações desafiadoras como as férias.

“Com um pouco de planejamento, é possível manter a nutrição e o prazer à mesa”, conclui a pediatra.

7 dicas para manter a alimentação saudável das crianças nas férias:

Especialista ensina como cuidar dos hábitos alimentares das crianças nas férias sem abrir mão de comer alimentos prazerosos.

As férias escolares são sinônimo de diversão e descanso, mas também podem representar um desafio para os pais manterem a alimentação saudável das crianças. Com a rotina alterada e a tentação de alimentos ultraprocessados, é importante adotar estratégias que ajudem a preservar os bons hábitos alimentares, sem abrir mão do prazer das refeições.

A pediatra Bruna de Paula, idealizadora do Método Comer, um programa de acompanhamento nutricional para a dificuldade alimentar infantil, respondeu a sete perguntas que podem ajudar a garantir a nutrição dos pequenos durante o período de férias.

1 – De que forma a rotina alimentar das crianças pode ser ajustada nas férias sem comprometer a nutrição? É preciso flexibilidade, planejamento e atenção às necessidades nutricionais. Embora as férias tragam mudanças na rotina é importante preservar os horários das principais refeições e oferecer lanches saudáveis nos intervalos, como frutas, iogurtes, castanhas ou sanduíches naturais. Se há passeios ou viagens, prepare alimentos práticos e nutritivos, como wraps e saladas de frutas. Permitir momentos para sorvetes ou fast food, mas equilibrar com refeições ricas em nutrientes. Com essas adaptações, as férias podem ser uma oportunidade para criar momentos agradáveis em família enquanto mantém a nutrição e os hábitos saudáveis da criança.

2 – Quais são as melhores opções de lanches rápidos e saudáveis para viagens ou passeios de verão? Os melhores lanches são aqueles práticos, nutritivos e que suportam bem o calor sem perder a qualidade, como frutas frescas e de fácil uso (banana, uva, maçã), frutas secas, oleaginosas, sanduíches naturais e barrinha de cereal. Lembrar do armazenamento adequado para evitar que os alimentos estraguem facilmente. Essas opções garantem que a criança se alimente bem durante o passeio, mantenha os níveis de energia altos e aproveite os momentos ao ar livre com saúde e disposição.

3 – Quais alimentos são importantes para garantir energia e hidratação nas atividades ao ar livre? Nas atividades ao ar livre, especialmente no calor, é fundamental priorizar alimentos que forneçam energia e mantenham a hidratação das crianças. Como exemplos, há as frutas frescas, palitos de vegetais, carboidratos complexos como pão integral e biscoito de aveia (alimentos que fornecem energia para atividades prolongadas), proteínas leves e fáceis de consumir (como ovo cozido, iogurte natural), oleaginosas (castanhas, amêndoas) e água, suco de fruta natural e água de coco.

4 – Como os pais podem incentivar hábitos alimentares saudáveis mesmo quando estão fora de casa? É preciso planejar o dia e os passeios com antecedência, pesquisando e escolhendo restaurantes ou lanchonetes com opções saudáveis no cardápio. Levar alimentos de casa, lanches práticos e nutritivos para evitar escolhas menos saudáveis na pressa. Incluir a criança na escolha das refeições e na preparação (quando for levar um lanche para viagem). E se a criança já tem alimentos favoritos saudáveis, priorize-os mesmo fora de casa, para garantir a aceitação.

5 – Existe algum alimento que deve ser evitado durante as férias? Sim, existem alimentos que é melhor evitar ou limitar durante as férias, especialmente porque a rotina mais flexível e o calor podem aumentar certos riscos relacionados à alimentação. É preciso evitar alimentos muito processados como chips, biscoitos recheados e macarrão instantâneo (são ricos em sódio, gorduras ruins e aditivos químicos, podendo causar desconforto digestivo e excesso de sede). Doces em excesso (pois o excesso de açúcar pode causar picos e quedas de energia, além de impactar o apetite para refeições mais nutritivas). Frituras e alimentos muito gordurosos (pois podem causar desconforto digestivo, sensação de peso e indisposição, especialmente em dias quentes). E alimentos com risco de contaminação, como maionese, frutos do mar mal cozidos e alimentos de rua expostos ao calor.

6 – Como lidar com o consumo excessivo de doces e guloseimas em festas e confraternizações? Não é uma tarefa fácil, é preciso equilíbrio. Explicar à criança que ela pode experimentar os doces, mas sem exageros para evitar desconfortos, como dor de barriga. Combinar com a criança uma quantidade aceitável de doces que ela pode consumir, como “um brigadeiro e um pedaço de bolo”. Incentivar a criança a escolher os doces que ela mais gosta, valorizando qualidade em vez de quantidade. Oferecer água ou água de coco durante a festa para reduzir a vontade de consumir bebidas açucaradas e refrigerantes. E evitar proibir completamente pois pode gerar maior desejo e até esconderijos de doces. Permitir com moderação ajuda a criança a desenvolver uma relação saudável com esses alimentos.

7 – O que fazer se a criança se recusa a comer alimentos saudáveis durante as férias? Se a criança se recusa a comer alimentos saudáveis durante as férias é importante manter a calma, ser consistente e usar estratégias que incentivem a aceitação sem transformar as refeições em momentos de conflito. Algumas dicas práticas são:

  • Não force a criança a comer. Isso pode aumentar a resistência e transformar o momento em algo negativo.
  • Transforme alimentos saudáveis em algo divertido. Use formatos diferentes, como cortar frutas em formas ou criar pratos coloridos.
  • Combine alimentos conhecidos com novos. Acrescente pedaços de frutas a sorvetes naturais. Sirva vegetais com molhos que a criança goste.
  • Leve a criança ao mercado ou feira. Deixe-a escolher frutas ou vegetais que chamem sua atenção.
  • Ofereça alimentos para que a criança monte seu prato, como wraps ou tacos com vegetais.
  • Ofereça opções saudáveis quando a criança estiver com fome, pois a aceitação tende a ser maior.
  • Continue oferecendo alimentos saudáveis, mesmo que sejam rejeitados. Muitas vezes, são necessárias várias exposições para que a criança aceite um novo alimento.

 

ENTREVISTA – Bruna de Paula

 

1. Quais estratégias você sugere para ajudar os pais a estabelecerem limites saudáveis no tempo de tela das crianças durante as férias escolares?

Estabelecer limites para o uso de tela nas férias é essencial para equilibrar o lazer digital com outras atividades importantes para o desenvolvimento infantil. Para isso, os pais podem definir regras claras, com uma rotina de horários para o uso de telas, intercalando com atividades como brincadeiras ao ar livre, leitura ou jogos em família. Essa rotina pode ser criada junto com as crianças, permitindo que ela escolha o que prefere fazer além de usar as telas – isso aumenta a chance da rotina dar certo.
È preciso oferecer alternativas interessantes como realizar passeios, incentivar projetos criativos como pintura ou culinária e promover a leitura. Além disso, é útil estabelecer momentos livres de tela, como evitar dispositivos durante refeições, momentos antes de dormir ou em áreas específicas da casa, como a mesa de jantar.
E dar o exemplo é fundamental, pois as crianças aprendem observando. Pais que demonstram equilíbrio no uso de tecnologia e priorizam momentos em família reforçam a importância de diversificar as atividades. A tecnologia pode ser usada a favor com aplicativos de controle parental, que ajudam a monitorar o tempo de tela e o tipo de conteúdo acessado, e com timers que sinalizam quando o tempo está se esgotando.

 

2. Como as brincadeiras ao ar livre podem impactar positivamente o desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças?

Brincadeiras ao ar livre oferecem experiências que promovem aprendizado, criatividade e bem-estar. Elas estimulam habilidades importantes como a resolução de problemas, pensamento crítico e criatividade. Quando as crianças exploram o ambiente natural, encontram desafios que as incentivam a buscar soluções, como escalar uma árvore ou construir algo com materiais naturais. Além disso, o contato com a natureza e a liberdade para brincar espontaneamente ajudam a desenvolver a capacidade de concentração e atenção. Além disso, estudos mostram que o contato com a natureza reduz a ansiedade e melhora o humor, contribuindo para uma maior sensação de felicidade e calma. Brincadeiras em grupo ao ar livre também favorecem o desenvolvimento de habilidades sociais, como cooperação, empatia e resolução de conflitos, uma vez que as crianças aprendem a interagir, negociar e compartilhar em um ambiente dinâmico e inclusivo. Ao superarem desafios físicos ou explorarem algo novo, elas percebem que são capazes, o que impacta positivamente sua percepção de si mesmas.

 

3. Que dicas você daria para os pais que têm dificuldade em motivar os filhos a trocarem as telas por atividades mais interativas e lúdicas?

Motivar as crianças a trocarem as telas por atividades interativas e lúdicas pode ser desafiador, mas é possível com algumas dicas práticas:
1. Seja um exemplo a seguir: As crianças tendem a imitar os pais, então demonstre entusiasmo por atividades offline. Se você deseja que seu filho brinque mais fora das telas, participe dessas atividades e mostre como elas podem ser divertidas.
2. Crie um ambiente atrativo: Tenha à disposição materiais que despertem a curiosidade, como jogos de tabuleiro, blocos de construção, itens de arte e materiais naturais (como pedras, folhas e galhos). Organize um espaço onde as brincadeiras sejam acessíveis e convidativas.
3. Planeje atividades em família: Proponha momentos para todos participarem juntos, como brincadeiras ao ar livre, noites de jogos ou projetos criativos. Crianças são mais propensas a se engajar quando há interação com os pais e irmãos.
4. Introduza gradualmente novas experiências: Se a tela é uma grande parte da rotina, não remova tudo de forma abrupta. Comece apresentando alternativas divertidas em pequenos intervalos, aumentando gradualmente o tempo dedicado a essas atividades.
5. Transforme o desafio em algo divertido: Use temas ou missões para tornar atividades lúdicas mais atrativas. Por exemplo, crie uma caça ao tesouro no quintal, uma “aventura científica” na cozinha ou um concurso de desenho.
6. Estabeleça regras claras para o uso de telas: Defina limites para o tempo de tela, como horários específicos para assistir TV ou jogar videogame, e incentive as crianças a participarem de outras atividades antes de usarem dispositivos.
7. Apele para os interesses da criança: Seja curioso sobre o que seu filho gosta e adapte as atividades. Por exemplo, se ele gosta de dinossauros, crie brincadeiras ou projetos relacionados ao tema.
8. Ofereça recompensas intrínsecas: Em vez de oferecer recompensas materiais, enfatize os benefícios das atividades. Por exemplo, após uma tarde brincando ao ar livre, destaque como ele se divertiu, aprendeu algo novo ou se sentiu bem.
9. Combine tela com movimento: Proponha um equilíbrio: se a criança gosta de um programa ou jogo, inclua intervalos para atividades físicas ou de exploração que complementem o tema do que ela assistiu.
10. Incentive brincadeiras com outras crianças: Organize encontros com amigos ou primos para que eles possam brincar juntos de forma mais interativa e menos dependente de telas.

 

4. Quais são as principais adaptações na rotina alimentar que os pais podem fazer para manter a nutrição das crianças, mesmo com os passeios e viagens de férias?

Durante as férias, os passeios e viagens podem alterar a rotina alimentar das crianças, mas com algumas adaptações, é possível manter a nutrição adequada e garantir que elas se alimentem de forma saudável, mesmo fora de casa. Uma das principais estratégias é planejar com antecedência. Os pais podem organizar lanches saudáveis para levar nas viagens, como frutas, barrinhas de cereal, castanhas e sanduíches nutritivos. Isso evita que as crianças recorram a opções menos saudáveis oferecidas em postos de gasolina, aeroportos ou atrações turísticas. Preparar algumas refeições simples, como saladas, legumes cozidos e frutas, pode ser uma boa opção para equilibrar a alimentação. Além disso, mesmo que as férias tragam uma mudança na rotina alimentar, os pais podem tentar manter uma certa regularidade nas refeições, evitando longos períodos sem comer, o que pode levar à escolha de alimentos menos nutritivos.

 

5. Como lidar com as tentações de doces e ultraprocessados em festas e confraternizações sem comprometer a saúde das crianças?

Lidar com as tentações de doces e alimentos ultraprocessados em festas e confraternizações pode ser um desafio, pois esses alimentos são frequentemente abundantes nesses momentos. A chave é o equilíbrio! Os pais podem ensinar as crianças sobre a importância de escolhas alimentares saudáveis sem criar um ambiente de restrição excessiva, o que pode gerar ansiedade ou o desejo de consumir ainda mais esses alimentos. Uma boa estratégia é permitir uma pequena porção do doce ou alimento ultraprocessado, mas sempre contextualizando que isso deve ser uma exceção e não a regra. Além disso, os pais podem incentivar as crianças a aproveitar as opções mais nutritivas da festa, como frutas, salgadinhos naturais e alimentos caseiros, sem pressão ou imposição, mas tornando essas alternativas atraentes e divertidas. Outra dica valiosa é garantir que as crianças façam uma refeição equilibrada antes de sair de casa, com alimentos ricos em proteínas, fibras e gorduras saudáveis, o que ajudará a diminuir a fome e o desejo por opções menos nutritivas. O foco deve ser sempre a educação alimentar, mostrando às crianças como é possível apreciar a festa e cuidar da saúde ao mesmo tempo.

 

6. Você acredita que o envolvimento das crianças na escolha e preparação dos alimentos pode aumentar a aceitação de opções saudáveis?

Sim, o envolvimento das crianças na escolha e preparação dos alimentos pode, de fato, aumentar significativamente a aceitação de opções saudáveis. Quando as crianças participam ativamente do processo de seleção e preparo dos alimentos, elas se sentem mais conectadas com o que estão consumindo e desenvolvem um maior interesse em experimentar novas opções. Por exemplo, quando uma criança ajuda a lavar os vegetais, cortar frutas ou montar seu próprio prato, ela se sente mais envolvida e tem uma maior propensão a consumir esses alimentos, mesmo que sejam novos ou desconhecidos. Essa prática promove o aprendizado sobre os ingredientes, o valor nutricional e os benefícios de uma alimentação equilibrada de forma divertida e envolvente. Além disso, ao verem os alimentos sendo preparados, as crianças tendem a se sentir mais empoderadas e orgulhosas de suas escolhas, o que pode tornar a refeição mais prazerosa. Além disso, esse envolvimento também fortalece a compreensão de que a comida não é apenas uma obrigação, mas algo que pode ser divertido, criativo e satisfatório. Esse tipo de experiência pode criar uma relação mais positiva com a alimentação saudável, além de fortalecer os vínculos familiares durante o momento da preparação e das refeições.

 

7. O Método Comer tem sido uma referência para famílias que enfrentam dificuldades alimentares infantis. Como surgiu a ideia de criar esse programa, e quais têm sido os resultados mais marcantes observados até agora?

O Método Comer surgiu de uma necessidade pessoal – uma filha que foi seletiva dos 6 meses aos 6 anos de idade, além da experiência acumulada ao longo de muitos anos de estudo e prática, e do entendimento profundo das dificuldades alimentares que muitas famílias enfrentam, especialmente quando se trata de crianças seletivas ou que têm aversão a alimentos saudáveis. Após entender como tratar esse quadro tão desafiador, e ajudar minha filha a ter mais prazer na hora da refeição, resolvi elaborar um método, um passo a passo, para ajudar outras famílias a melhorar a alimentação dos filhos em casa e reduzir o estresse na hora da refeição. São soluções práticas, baseadas em evidências científicas, e que podem ser individualizadas para cada caso, visto que há mais de 30 causas para seletividade alimentar. O foco está em ensinar os pais a entender sobre comportamento alimentar por faixa etária e porque seu filho não come de forma saudável. E, além de ajuda-los a tratar a seletividade atual, são capacitados a lidar com outros momentos de recusa de forma adequada.
Até agora, os resultados mais marcantes têm sido a transformação nas relações familiares. A principal causa de seletividade alimentar infantil, em crianças sem autismo e TDAH, é um comportamento alimentar inadequado no momento da refeição, que é reforçado pelas famílias a cada tentativa errada de melhorar a situação. Muitos pais relataram uma redução significativa do estresse em torno das refeições, o que melhorou a dinâmica de convivência em casa. Além disso, as crianças, ao serem abordadas de maneira mais positiva e respeitosa, passaram a se interessar mais pelos alimentos saudáveis e a experimentar uma maior variedade de opções. Outro ponto de destaque foi o aumento da autonomia das crianças durante a alimentação, o que gerou mais confiança em si mesmas e uma maior aceitação de alimentos ao longo do tempo. Esses resultados têm sido muito gratificantes e reforçam a importância de uma abordagem que vá além da simples questão nutricional, levando em conta também o emocional e o psicológico, tanto das crianças quanto dos pais. O Método Comer tem mostrado que, com paciência, consistência e as estratégias certas, é possível transformar a alimentação infantil e promover uma relação mais saudável e prazerosa com os alimentos.

Conheça aqui o Método Comer

Sobre a Pediatra

Bruna de Paula é pediatra há mais de 15 anos, com especialização em Terapia Intensiva Pediátrica, e é idealizadora do Método Comer, um programa de acompanhamento nutricional para a dificuldade alimentar infantil. O objetivo do método é levar conhecimento às famílias que sofrem com a introdução alimentar e com a recusa dos filhos aos novos alimentos.

A médica atende presencialmente em Vitória, no Espírito Santo, e também de forma online.

Acompanhe a doutora Bruna de Paula pelo perfil do Instagram:

@dra.brunadepaula.pediatra

 

e pelo Youtube:

Dra Bruna de Paula Pediatra.

 

 

 

 

 

Author

Fundador, CEO e Editor-Geral do ArteCult.com (@artecult), Sócio-fundador e Editor-Geral do QuadriMundi (Quadrinhos, Mangás e Animações) @quadrimundi , sócio-diretor do CinemaeCompanhia (@cinemaecompanhia), admin do @portalteamigo no Instagram. Apaixonado pela sua família, por tecnologia e por todas as formas de ARTE e CULTURA. Viva o POVO BRASILEIRO e sua rica e infindável cultura.

One comment

  • É necessário, antes de tudo, estabelecer o que se entende por “saudável “. As mais diversas formas de comer foram estabelecidas como saudáveis ao longo da história conforme o conceito d2 saúde da sua época.

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