Crianças vivendo teatro, que delícia de ver!

Foto: Theodora Duvivier / Divulgação Assessoria de Imprensa

 

Crianças gritando: começa, começa, começa…

E quando um artista entra no palco, eles reconhecem que ele é o narrador, ou seja, o boca a boca e a volta ao teatro para assistir à peça já assistida está acontecendo, foi o que pareceu. Isso é uma maravilha!

A temporada que era para acabar dia 01 de setembro, ganhou mais uma semana, deveria ficar mais um mês, isso sim!

Sinopse

“Quebra Cabeça: em busca da peça que falta” é um espetáculo de improvisação infantil de comédia e fantasia. Interativo do início ao fim, a peça conta com a preciosa participação das crianças para elaborar uma história única e diferente a cada vez. Os atores criarão as cenas ali na hora, com a ajuda de jogos clássicos de improvisação e das sugestões das crianças que poderão também ser chamadas para o palco para participar de certos momentos. Eles passarão por todos os momentos chaves de uma boa história: o herói ou heroína, um chamado para aventura, um antagonista, uma batalha, e juntos terão que resolver um grande conflito. O resultado é um espetáculo divertido para todas as idades, feito sob medida para a plateia de cada sessão. Numa peça de improviso, a criança não é mais um espectador passivo que precisa ficar quietinho sentado e prestando atenção. Ela tem uma participação ativa na peça, na construção da história e dos personagens, e se torna necessária para o espetáculo. Portanto, prestar atenção é nada mais do que uma consequência natural de seu envolvimento.

Através da improvisação, a criança vive na pele a efemeridade do teatro em todas as suas camadas, entende a importância da presença, do aqui e agora. Após ter vivenciado uma peça que nunca irá se repetir, ela poderá voltar quantas vezes quiser para testemunhar que a cada apresentação a história e as participações se renovam completamente.

São cinco jovens artistas potentes no palco, contando histórias que as crianças querem ouvir, um teatro de improviso. E como isso é possível? Não sei, só sei que foi assim, e deu certo!

Não existe a quarta parede nesse espetáculo e crianças sobem ao palco para atuarem junto aos artistas que são divertidíssimos, assim como escolhem a história que os artistas cênicos vão contar.

No dia que fui assistir dei umas boas gargalhadas não acreditando no que eu estava assistindo, porque é bom, é animado e a gente fica boquiaberto com o que estamos presenciando. O espetáculo tem uma linguagem cem por cento infantil. Elas ficam ensandecidas com absolutamente tudo, com todas as perguntas. A primeira delas é a escolha do tema.

Fui até a página social do grupo, e percebi que os figurinos utilizados para outro espetáculo era diferente do dia que assisti. Nesse dia o tema era o Boitatá, um personagem folclórico. Na verdade, não são figurinos, mas objetos de cena, que transformam tudo em linguagem.

Acho que eles escutam uma boa parte das crianças e escolhem a que cabe diante do que tem na coxia, eu acho isso, mas essa curiosidade não vou matar, porque o que importa mesmo é ver o bom teatro acontecer, como está acontecendo!

Os artistas são fantásticos, do nada a fada Sininho apareceu através do artista Rafael Oliveira, mostrando que tudo é possível no teatro, deixando claro que a imaginação é o que vale. E com isso, quebramos tantos paradigmas…

E nesse teatro totalmente improvisado, há um conflito, o que traz o tom da montagem.  No dia que fui assistir, a atriz Clarice Sauma foi absurdamente fantástica com os movimentos e expressões faciais. Adorei, não a conhecia e percebi muito talento.

Enfim, eles estão no Festa Internacional do Teatro em Angra, o FITA, considero uma excelente escolha dos organizadores!

Amei ver teatro infantil para o público infantil, adorei ver crianças criando, usando a imaginação, com voz, expondo suas ideias, sem sombra de dúvida que o teatro estava cheinho porque há um conteúdo inteligente e muito bem elaborado.

Jamais vou esquecer as crianças querendo glitter e um rabo que parece ser de um dinossauro todo brilhoso!

Parabéns!!!!!!!!!!

 

FICHA TÉCNICA

Quebra Cabeça: em busca da peça que falta

Elenco: Rafael Oliveira, Rafael Saraiva, Clarice Sauma, Joana Castro e Samuel Valladares
Direção: Barbara Duvivier e Victoria Scorza
Direção de Movimento: Ruy
Direção Musical: Andrés Giraldo
Música: Ilan Becker
Figurino: Helena Byington
Cenário: Dina Salem Levy
Assistência de Cenário: Alice Cruz
Identidade Visual: Theodora Duvivier
Iluminação: Felipe Lourenço
Som: João Gabriel Mattos
Produção: Barbara Duvivier e Victoria Scorza

Classificação: Livre
Duração: 55 MINUTOS


Crianças até 1 anos e 11 meses são isentas.
Crianças e jovens de 2 até 21 anos pagam meia-entrada.

 

– DESCONTOS: (Válidos para compras na bilheteria do teatro, site/app Sympla e caixa de autoatendimento):

 

Compras de ingresso

https://bileto.sympla.com.br/event/94138/d/276360

 

De verdade?

O espetáculo “Não corre, menino!”, da Cia Nosso Olhar (SC), estreia essa semana no Teatro II do Sesc Tijuca, estou curiosa…

“Não Corre, menino!”. Foto de Mauricio Garcias

 

Paty Lopes (@arteriaingressos). Foto: Divulgação.

 

Facebook: @PortalAtuando

 

 

 

Author

Dramaturga, com textos contemplados em editais do governo do estado do Rio de Janeiro, Teatro Prudential e literatura no Sesi Firjan/RJ. Autora do texto Maria Bonita e a Peleja com o Sol apresentado na Funarj e Luz e Fogo, no edital da prefeitura para o projeto Paixão de Ler. Contemplada no edital de literatura Sesi Fiesp/Avenida Paulista, onde conta a História de Maria Felipa par Crianças em 2024. Curadora e idealizadora da Exposição Radio Negro em 2022 no MIS - Museu de Imagem e Som, duas passagens pelo Teatro Municipal do Rio de Janeiro, com montagem teatral e de dança. Contemplada com o projeto "A Menina Dança" para o público infantil para o SESC e Funarte (Retomada Cultural/2024). Formadora de plateia e incentivadora cultural da cidade.

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