Carta Aberta de moradores e associação comunitárias do Catete ao Ibram, ao Governo Federal, à Sociedade carioca, fluminense e brasileira
O bairro do Catete é histórico, já tendo abrigado, por décadas, a presidência da República do Brasil. A residência oficial e a sede do governo federal eram, até 1960 o Palácio do Catete, desde então, o local abriga o Museu da República. Sem muita relação com a comunidade local, este quadro foi alterado pelo museólogo e Prof. Dr. Mário Chagas, da Unirio (uma das federais do Rio de Janeiro), que com sua Museologia Social incrementou as atividades locais e, já há alguns anos, a comunidade do Catete, adjacências e da cidade, têm no Museu um espaço de vivências múltiplas, alegres, pedagógicas e cidadãs.
Felizes com esta gestão vitoriosa, competente e carinhosa, fomos surpreendidos, abruptamente e sem maiores motivos, com a exoneração do professor e poeta Mario Chagas. Gostaríamos, os abaixo-assinados, cidadãos e associações, de reiterar nosso descontentamento com esta medida administrativa sem sentido e solicitar ao Ibram e ao Governo Federal que a reverta, mantendo o professor como Diretor do Museu da República.
Responsável pela gestão mais democrática e inclusiva do Museu da República, o professor, museólogo e poeta Mário Chagas foi exonerado por não acatar o corte de funcionários determinado pela presidenta do IBRAM, Fernanda Castro. Há muito funcionam com o mínimo de funcionários, o corte significaria o fechamento do Museu. Sua demissão, sem qualquer diálogo, revoltou os funcionários do Museu e a todos que conhecem o trabalho do Mario Chagas. Este abaixo-assinado vem se juntar as muitas manifestações que apoiam o seu retorno a direção do Museu da República.
Um dos signatários desta carta aberta e do abaixo assinado, o grupo Preserva Catete, foi fundado por mim.
Assine a petição! https://chng.it/fTW4S9mcgH
Carlos Fernando Galvão,
Geógrafo, Doutor em Ciências Sociais e Pós Doutor em Geografia Humana
cfgalvao@terra.com.br