Ivan Lins foi indicado para o Grammy na categoria Melhor Álbum Latino de Jazz, com “My heart speaks” (Resonance Records), que apresenta os ícones vocais do jazz Dianne Reeves e Jane Monheit, a cantora revelação Tawanda e o grande trompetista Randy Brecker. “My heart speaks” foi lançado em setembro, apoiado pela sinfonia de 91 peças de Tbilisi, capital da República da Geórgia.
“Fui indicado, pela 4ª vez, para o Grammy Awards. Os outros discos foram “The Heart Speaks”, com o trompetista Terence Blanchard; “Ivan Lins, Live at the MCG”, ao vivo em Pittsburgh; e “Ivan Lins, A Love Affair”, no qual o sting ganhou o Grammy de Melhor Performance Pop Masculina. Estou muito feliz! Reparem que temos três brasileiros indicados, sendo eu e duas cantoras maravilhosas. É para dar orgulho! Continuamos dando as cartas no mercado internacional de jazz latino. Se algum de nós vai ganhar, eu não sei.. Mas viva nosso país!!!! Torçam por nós!! E que God’s heart speaks…” conclui Ivan.
Mais dois álbuns brasileiros concorrem na categoria: “Quietude”, de Eliane Elias e “Cometa” de Luciana Souza & Trio Corrente.
Ivan Lins ganhou repercussão nacional a partir de 1968, quando compôs para o Primeiro Festival da Canção da TV Tupi. A música Até o Amanhecer (feita em parceria com Waldemar Correia) foi um sucesso durante aquele ano.
No ano a seguir, outra composição sua (Madalena) também fez sucesso na voz de Elis Regina.
Dois anos mais tarde, outra canção, classificada em segundo lugar, fez sucesso no festival: O amor é o meu país (criada em parceria com Ronaldo Monteiro de Souza). Em 1971 foi o primeiro disco lançado por Ivan Lins que deu início a uma longa carreira. Logo a seguir, veio o LP Deixa o trem seguir.
Apesar de ser filho de militar, o artista compôs sobretudo contra a ditadura (canções que ficaram consagradas como Abre Alas, Desesperar Jamais, Aos Nossos Filhos e Somos Todos Iguais Nesta Noite e Começar de Novo).