31° Cine Ceará anuncia curtas e longas selecionados para a Mostra Olhar do Ceará

Festival acontece de 27 de novembro a 3 de dezembro, presencial em Fortaleza, no Canal Brasil, Canais Globo e Globoplay + Canais ao Vivo 

 

Documentário “Zé Tarcísio, Testemunha”, de Delano Gurgel, apresenta a vida e a obra de uma das maiores personalidades das artes plásticas do Ceará

Com 20 filmes, entre longas e curtas, o Cine Ceará apresenta a lista dos selecionados para a Mostra Olhar do Ceará da 31ª edição do festival, que acontece de 27 de novembro a 3 de dezembro. O gênero documentário é maioria, somando 13 produções. Os longas serão exibidos no Cineteatro São Luiz e os curtas no Cinema do Dragão e no canal do Cine Ceará no YouTube.

Na última semana de setembro o festival divulgou a lista dos selecionados para as Mostras Competitiva Ibero-americana de Longa-metragem, que terá exibição presencial no Cineteatro São Luiz, no Canal Brasil, Canais Globo e Globoplay + Canais ao Vivo, e Competitiva Brasileira de Curta-metragem, que acontecerá no Cineteatro São Luiz. Para a programação presencial nos equipamentos da Secult-CE, geridos pelo Instituto Dragão do Mar, o festival seguirá os protocolos sanitários vigentes do setor de audiovisual/cinema, estabelecidos pelo Governo do Ceará por meio de decreto.

Foram 88 filmes inscritos para a Mostra Olhar do Ceará, que teve a curadoria de Desire?e Langel Rondo?n. Os três longas selecionados são documentários. “Transversais” marca a estreia do cineasta Émerson Maranhão em longas-metragens. “Aqueles Dois” (2018), seu primeiro curta, foi selecionado para mais de 60 festivais e mostras nacionais e internacionais e conquistou 20 prêmios. “Transversais” acompanha cinco pessoas que vivem a experiência da transexualidade de diversas maneiras. A diretora Natália Gondim levanta a questão da desigualdade social das mulheres em “Minas urbanas”. Seu documentário anterior como co-diretora, “Les Statues de Fortaleza” (2019), que retratou a situação de refugiados venezuelanos no Brasil, foi exibido em diversos países pela ONU no Global Migration Film Festival da OIM e o Festival da Anistia Internacional para Direitos Humanos, na França. Completa a lista de longas “De uma distância esquizóide” de Gabriel Silveira, sobre o controverso cotidiano urbano do mundo desenvolvido e as desigualdades do mundo em desenvolvimento confrontados numa experiência audiovisual extrema.

seleção dos curtas-metragens da Mostra Olhar do Ceará contempla realizadores de Fortaleza, Crato, Juazeiro do Norte, Meruoca, Quixadá e Tianguá. São três animações presentes: “As aventuras de Ana e João”, de Augusto Cesar dos Santos, “Ibiapaba, como nascem as montanhas”, de George Alex Barbosa, e “Sebastiana”, de Cláudio Martins. A mostra apresenta quatro curtas de ficção: “2020″, uma ficção Científica/Sertãopunk de Oziel Herbert, “Curva sinuosa” um trabalho experimental de Andréia Pires, “Entre o passado”, de Larissa Estevam, e “Estilhaços”, um curta de horror/fantasia de Gabriela Nogueira.

Dentre os 17 curtas selecionados, dez são documentários. Entre eles, “Fôlego vivo”, um trabalho da Associação dos Índios Cariris do Poço Dantas – Umari, um coletivo de pessoas indígenas, formado em sua maioria por mulheres, multigeracional e integrantes LGBTQI+ e PCD. “Zé Tarcísio, Testemunha”, de Delano Gurgel, sobre a vida e a obra de um dos maiores nomes das artes plásticas do Ceará, “Saudade dos Leões”, de João Paulo Magalhães, sobre a Praça dos Leões, um dos espaços mais icônicos da vida cultural de Fortaleza.

A tradição cultural está nos curtas “Arte na palha”, de Augusto Cesar dos Santos, sobre chapeleiras do interior cearense que produzem artesanatos com a palha da carnaúba e perpassam suas habilidades as novas gerações, e “Boi coração”, de Marcelo Alves e Ângela Gurgel, sobre a festa em homenagem ao Dia de Reis realizada há mais de 20 anos pelo fazendeiro e poeta Chico Emília em sua própria casa, em uma comunidade no interior cearense.

Dois filmes têm a casa como ponto de partida para buscas de sensações e memórias.  Em “A casa que eu vivo hoje não é casa”, Lara Muniz e Marcus Antonius, levantam a questão sobre os significados de casa e lar, sobre paredes físicas, corpos e imaginário. Em “Joelhos”, uma casa no interior cearense é colocada em aluguel, mas o que era para ser a despedida de um lar, torna-se um retrato de Dona Ivanilde. A diretora Yasmin Gomes foi premiada no 30º Cine Ceará com “Não te amo mais”, eleito melhor filme da Mostra Competitiva Brasileira de Curta-metragem.

Completam a seleção os documentários “Corpas”, de Arthur Almeida, sobre o fazer artístico e a transexualidade em Fortaleza, capital do segundo estado que mais mata trans no Brasil; “Memória da memória”, de Idson Ricart, que revisita histórias de personagens presentes em fotos e fitas-cassetes que haviam sido descartadas, após um mapeamento cultural realizado em Quixadá, em 1993, pelo cantor e compositor Pingo de Fortaleza; e “Muxarabi”, sobre um metalúrgico do Conjunto Palmeiras, em Fortaleza, que em meio à rotina de fazer portas, janelas e grades, cria invenções e reflete sobre a vida. O filme é de Natália Maia e Samuel Brasileiro, diretores e roteiristas que criaram, escreveram e dirigiram a série “Lana & Carol”, atualmente em exibição no Canal Futura. Também são roteiristas do premiado longa-metragem “Pacarrete”.

OS LONGAS DA MOSTRA OLHAR DO CEARÁ

 

De uma distância esquizoide. Direção: Gabriel Silveira. Documentário. 60 min. Fortaleza/Ceará. 2021. 16 anos.

Minas urbanas. Direção: Natália Gondim. Documentário, 97 min. Fortaleza/Ceará. 2020. Livre.

Transversais. Direção: Émerson Maranhão. Documentário. 84 min. Fortaleza/Ceará. 2021. Livre.

OS CURTAS DA MOSTRA OLHAR DO CEARÁ

2020. Direção: Oziel Herbert. Ficção Científica/Sertãopunk, 22 min. Fortaleza/Ceará. 2020. 12 anos.

A casa que eu vivo hoje não é casa. Direção: Lara Muniz e Marcus Antonius. Documentário, 04 min. Fortaleza/Ceará. 2021. Livre.

Arte na palha. Direção: Augusto Cesar dos Santos. Documentário. 19 min. Meruoca e Forquilha/Ceará. 2021. Livre.

As aventuras de Ana e João. Direção:  Augusto Cesar dos Santos. Animação. 07 min. Meruoca/Ceará. 2021. Livre.

Boi coração. Direção:  Marcelo Alves e Angela Gurgel. Documentário. 25 min. Fortaleza/Ceará. 2020. Livre.

Corpas. De Arthur Almeida. Documentário. 23 min. Fortaleza/Ceará. 2020. 14 anos.

Curva sinuosa. Direção: Andréia Pires. Experimental/Ficção. 21 min. Fortaleza/Ceará. 2021. 14 anos.

Entre o passado. Direção: Larissa Estevam. Ficção. 18 min. Fortaleza/Ceará. 2021. 12 anos.

Estilhaços. Direção: Gabriela Nogueira. Horror/Fantasia. 15 min. Fortaleza/Ceará. 2021. 14 anos.

Fôlego vivo. Direção: Associação dos Índios Cariris do Poço Dantas – Umari. Documentário experimental. 25 min. Crato/Ceará. 2021. Livre.

Ibiapaba, como nascem as montanhas. Direção: George Alex Barbosa. Animação. 14 min. Tianguá/Ceará. 2021. Livre.

Joelhos. Direção: Yasmin Gomes. Documentário. 15 min. Juazeiro do Norte/Ceará. 2021. Livre.

Memória da memória. Direção: Idson Ricart. Documentário. 14 min. Quixadá/Ceará. 2021. Livre.

Muxarabi. Direção: Natália Maia e Samuel Brasileiro. Documentário. 19 min. Fortaleza/Ceará. 2021.  10 anos.

Saudade dos Leões. Direção: João Paulo Magalhães. Documentário. 19 min. Fortaleza/Ceará. 2021. Livre.

Sebastiana. Direção: Cláudio Martins. Animação. 14 min. Fortaleza/Ceará. 2020. Livre.

Zé Tarcísio, Testemunha. Direção: Delano Gurgel Queiroz. Documentário. 26 min. Fortaleza/Ceará. 2021. Livre.

Cine Ceará

O 31º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema é uma realização do Ministério do Turismo, através da Secretaria Especial da Cultura, da Associação Cultural Cine Ceará e da Bucanero Filmes. Tem o apoio institucional do Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura (Secult Ceará), da Universidade Federal do Ceará, via Casa Amarela Eusélio Oliveira, e da Prefeitura Municipal de Fortaleza, através da Secultfor. Conta com o Canal Brasil como Exibidor Oficial. Apresentação: SP Combustíveis. Patrocínio VIP: Nacional Gás, Esmaltec e Indaiá. Patrocínio: Piraquê e Cagece.

SERVIÇO

31° Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema – De 27 de novembro a 03 de dezembro de 2021 em formato presencial no Cineteatro São Luiz e no Cinema do Dragão, em Fortaleza, no Canal Brasil, Canais Globo e Globoplay + Canais ao Vivo e canal Cine Ceará no YouTube. Informações: www.cineceara.com. Instagram: @cineceara, Facebook: Festival Cine Ceará. E-mail: contatos@cineceara.com.

 

 


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Author

Luan Ribeiro, natural de Mata de São João, Bahia, é como um "protagonista" que decidiu viver em meio aos grandes filmes. Especialista em comunicação, segue guiado pelo seu amor às histórias épicas e sagas cinematográficas, Luan é o criador do @CinemaeCompanhia no Instagram, que ganhou destaque como a editoria do Canal de mesmo nome no Portal ArteCult.com. Para ele, assistir a um filme é como entrar em um multiverso, uma oportunidade de se teletransportar para galáxias distantes ou enfrentar dragões, tudo enquanto escapa da rotina. Luan é um verdadeiro "rato de cinema", acompanhando as estreias como um Jedi em busca do equilíbrio entre a fantasia e a crítica afiada. A cada visita às telonas, ele analisa o enredo, as performances e, claro, traz aquele toque geek que só um verdadeiro fã de cultura pop pode oferecer. Pelo CINEMA & COMPANHIA, ele não só compartilha críticas e curiosidades como também realiza entrevistas dignas de tapete vermelho, sempre com um olhar atento para valorizar o Cinema Nacional e suas produções heroicas. Instagram.com/CinemaeCompanhia E-mail: luancribeiro@icloud.com

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