X-MEN – FÊNIX NEGRA: Uma despedida grandiosa com gosto de nostalgia no final

 

Os anos 2000 foram marcados pelo primeiro filme da nova geração cinematográfica de super-heróis da Marvel, “X-Men”, que iniciava assim uma franquia repleta de produções, que teve altos e baixos, mas personagens extremamente carismáticos e inesquecíveis. E hoje, após 19 anos, estreia no Brasil a despedida desta franquia na Fox (os direitos da Fox agora pertencem a Disney), “X-Men – Fênix Negra“, uma trama de grande teor dramático, explorando terrenos que ainda não tivemos oportunidade nesta franquia. E um filme que, no seu final, nos deixa um gostinho de “quero mais”, pois saímos do cinema totalmente nostálgicos. Confiram abaixo nossa crítica deste último – e muito bom – episódio desta fantástica saga.

 

“X-Men: Fênix Negra”. Foto: Divulgação Fox Films.

 

Fênix Negra traz nossos conhecidos personagens de “X-Men – Primeira Classe”, focando principalmente na nossa eterna e poderosa Jean Grey e nos acontecimentos de sua infância, quando em um acidente de carro seus pais perdem a vida.  Assim, Professor Charles Xavier, assume sua guarda, prometendo cuida-la e remediar qualquer transtorno que a pequena jovem tenha tido. Todos aqui conhecem a ligação e o cuidado que Charles tem com a Grey e neste contexto fica ainda mais claro e evidente. Com o passar do tempo,  Jean se torna uma peça fundamental no grupo de mutantes da Mansão para Jovens Extraordinários.

Eis que em uma determinada missão de resgate no espaço, Jean é atingida por uma entidade cómisca que ninguém sabe do que se trata e assim, as barreiras e remediações que Charles promoveu em sua mente são derrubadas, fazendo com que ela perca o controle facilmente e, como ela mesma diz, com isto fazendo pessoas que a amem se machuquem.

A direção e o roteiro são de Simon Kinberg, responsável pelo desastroso “Quarteto fantástico”, mas que aqui se redime entregando uma trama bastante esclarecedora em seus diálogos e personagens que são demonstrados interessantemente de maneiras diferentes. Mesmo deixando algumas pontas soutas na história, o produto final se transforma num ótimo último episódio, celebrando todo o potencial da franquia dos nossos queridos mutantes. O roteiro é baseado na famosa saga da HQ “Fênix Negra” e, apesar de alguns problemas, se utiliza de elementos interessantes da mesma, tais como invasão alienígenas, entidades cósmicas, novos mutantes, entre outros, que trazem ainda mais dinamismo para a trama.

Existe uma desconexão com outros episódios da franquia, logo os fãs que buscarem muitas referências poderão ficar um pouco decepcionados, contudo, se você for embarcar na ideia e proposta desta aventura perceberá muitos pontos positivos que você irá celebrar ao presenciá-los na telona. E por falar em telona, caso você tenha a possibilidade de conferir esta produção em IMAX, acredite, vale muito à pena, pois tanto sua fotografia, seus planos sequências, sua sonoplastia e um CGI de extrema qualidade são ainda mais destacados , afinal “IMAX é vida!“.

No geral, a trama acontece de maneira dinâmica e fluída, onde o tempo em tela (de aproximadamente duas horas) não causa cansaço, prendendo a atenção do público a todo instante. As motivações da personagem principal, bem como do antagonismo da trama são bem estabelecidos. Já a apresentação dos novos personagens mutantes capangas de Magneto são descartáveis e não são grandiosos como esperávamos ver. Em relação à customização de alguns mutantes, principalmente Mística e Fera,  por exemplo, está ainda mais detalhada aumentando ainda mais a qualidade do visual destes personagens em tela.

“X-Men: Fênix Negra”. Foto: Divulgação Fox Films.

Em relação ao elenco que já conhecemos bastante, James McAvoy mostra sua versatilidade, demonstrando um novo lado sombrio do Professor Charles Xavier, com um ego bastante inflado, Jennifer Lawrence (Mística) tem os melhores diálogos da trama e suas convicções e tiradas são excecionais e marcantes.  Michael Fassbender é um Magneto cansado e resolve fazer algumas coisas diferentes do que comumente estamos acostumados a ver em relação ao seu personagem. Já  a atriz principal Sophie Turner (Jean Grey) e Jessica Chastain (Vilã) estão brilhantes em cena, suas passagens possuem ações e momentos fortes na telona. Os demais entregam trabalhos satisfatórios em relação aos arcos de personagens.

“X-Men: Fênix Negra”. Foto: Divulgação Fox Films.

Esperando o pior,  a experiência proporcionada pelo diretor Simon Kinberg supera nossas expectativas , trata-se de um bom filme.

CONFIRA O TRAILER

 

 

 

 

Com uma boa carga dramática, personagens inesquecíveis e um gostinho de quero mais no final, ficamos ansiosos com o que está por vir para a franquia “X-Men”, agora pela Disney! O filme, com certeza, vale o ingresso, logo não deixem de conferi-lo!

Vale lembrar: nesta produção não temos cenas pós-créditos!

NOTA: 8,0

 

LUAN RIBEIRO

 

 

 

 

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Author

Luan Ribeiro, natural de Mata de São João, Bahia, é como um "protagonista" que decidiu viver em meio aos grandes filmes. Especialista em comunicação, segue guiado pelo seu amor às histórias épicas e sagas cinematográficas, Luan é o criador do @CinemaeCompanhia no Instagram, que ganhou destaque como a editoria do Canal de mesmo nome no Portal ArteCult.com. Para ele, assistir a um filme é como entrar em um multiverso, uma oportunidade de se teletransportar para galáxias distantes ou enfrentar dragões, tudo enquanto escapa da rotina. Luan é um verdadeiro "rato de cinema", acompanhando as estreias como um Jedi em busca do equilíbrio entre a fantasia e a crítica afiada. A cada visita às telonas, ele analisa o enredo, as performances e, claro, traz aquele toque geek que só um verdadeiro fã de cultura pop pode oferecer. Pelo CINEMA & COMPANHIA, ele não só compartilha críticas e curiosidades como também realiza entrevistas dignas de tapete vermelho, sempre com um olhar atento para valorizar o Cinema Nacional e suas produções heroicas. Instagram.com/CinemaeCompanhia E-mail: luancribeiro@icloud.com

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