“RAMBO – ATÉ O FIM” é tiro, porrada, bomba, flechas, facas e muita, muita, MUITA vingança. E vingança sanguinária, já falo logo. Se você não curte filmes do gênero, não insista em ir conferí-lo. Aliás, entendi que, principalmente com este roteiro (no qual o próprio Stallone participa), o filme pretende entrar na lista dos melhores filmes de vingança, pois, meus amigos, ele é todo direcionado para você ter sede de sangue pelos vilões. Rs
Tanto que seu formato me lembrou mesmo os clássicos de Charles Bronson, Steven Seagal e até mesmo a famosa franquia “Busca Implacável” com Liam Neeson.
Ou seja, não espere um filme politicamente correto, trata-se de um filme de VINGANÇA em que o soldado John Rambo (Sylvester Stallone), atormentado pela sua história de guerra e tantos entes queridos mortos, libera toda sua raiva adormecida e mostra todas as suas habilidades da arte de… matar. Logo, para apreciar este longa você precisa gostar de filmes do gênero ou pelo menos, como no meu caso, dar uma chance para ver o que ele pode nos trazer de positivo ou emoção, a fim de saber no final se valeu o ingresso. Muito interessante também já ter visto os outros filmes desta franquia, pois ajuda a entender a cabeça dos produtores e de Stallone.
Vamos lá: a história nos conta que o tempo passou e Rambo (Sylvester Stallone) agora vivendo recluso em um rancho na fronteira entre os Estados Unidos e o México, tem uma jovem amiga da família sequestrada e precisará confrontar seu passado e reviver suas habilidades de combate para enfrentar um dos mais perigosos cartéis mexicanos.
O filme já apresenta não só todo o carinho que tem pela jovem, que trata como filha, como tambem como construiu uma rede de túneis abaixo do rancho.
A partir deste ponto, cenas do rancho, principalmente as externas comecei a reparar que a direção teve uma preocupação de acabamento visual no longa , pois acaba tendo uma ótima fotografia. Várias cenas me chamaram atenção, tomadas aéreas onde muitas podem ter sido desenvolvidas com drones.
Depois, existe o momento “gatilho” em que Rambo volta a ser o soldado aniquilador e, neste ponto, senti falta daquilo que auxilia bastante filmes deste gênero: uma boa trilha sonora. Lembro inclusive de alguns filmes do próprio ator onde este artifício é usado no ponto de “virada do jogo”, como Cobra, só para citar um exemplo.
O ápice, confronto final de Rambo com o cartel no seu próprio território, mostra a Arte da Guerra. Foi quando percebi outra preocupação do diretor Adrian Grinberg (que também dirigiu o muito bom “Plano de Fuga” com Mel Gibson): boa edição sonora e um trabalho bem difícil de efeitos especiais, no que tange às explosões.
Em termos de elenco, acho que não preciso dizer que não é o ponto forte, mas destaco a atuação do vilão, o ator Sérgio Peres-Mencheta (o Angel Ortiz de “Resident Evilt: Afterlife”) que em algumas cenas me convenceu e até me deu a esperada raiva, rs.
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Enfim, trata-se de um filme ação na pegada de clássicos filmes de vingança, com um Stallone envelhecido, mas ainda em forma. Vá então nesta expectativa, se curte o gênero. Sinceramente não o entendo como sendo para um público mais novo e sim para uma geração acostumada com a franquia Rambo ou um público que gosta dos clássicos de vingança.