Existem premissas que parecem que nunca vão falhar! Infelizmente são estas também que, quando falham, deixam um gosto amargo para o espectador. Como um filme sobre uma mulher fazendo meio século, comemorando esta data com suas amigas que são ex-colegas de uma pizzaria em Chicago, pode então dar errado?
Emily Spivey e Liz Cackowski são duplamente responsáveis (roteirizam e atuam), bem como Amy Poehler (dirige e atua) por não aproveitar uma premissa tão interessante para criar algo de fato relevante para o público. O filme só foge do inteiro fiasco por três principais pontos: ele começa bem, criando inclusive arcos interessantes aos seus personagens, tem uma fotografia encantadora, que combina com o clima leve que o filme se propõe, e por Paula Pell, que curiosamente é a única que aproveita o arco dramático do seu personagem ao mesmo tempo que faz suas piadas parecerem as mais originais.
Na contramão da personagem de Pell, temos uma Tina Fey, que parece ter sido encaixada por ser amiga de grande parte do elenco do que necessariamente existir de fato algum personagem relevante pra ela. Seu papel é tão descartável, que sinceramente, não fosse a Fey, duvido que colocariam alguma atriz para fazê-lo: simplesmente não existiria.
Maya Rudolph é outra decepção, infelizmente, já que sou grande entusiasta da atriz. O arco dramático construído para ela e para Ana Gasteyer é tão interessante e sinceramente poderia ter salvado o longa, o transformando numa comédia um pouco dramática, mas, relevante.
No entanto, a solução do arco construído a elas é tão preguiçosa que praticamente destrói a empatia que estávamos construindo até aquele momento com o filme.
CONFIRA O TRAILER
O curioso é que o filme tem alguns lapsos interessantes, como uma discussão numa galeria de arte entre duas gerações. Talvez não seja executado da melhor forma, mas, demonstra uma vontade legitima de entregar algo novo, que não conversa com as piadas fáceis que no geral estamos submetidos, muito menos ao final previsível dos personagens após aquele final de semana.
Uma nota? 2 de 5.
Vale por Paula Pell, para ver boas paisagens e porque propõe algumas reflexões rasas, mas, interessantes.
Bons filmes e até a próxima 🙂
JOÃO FRANÇA FILHO (@CINESTIMADO)
ARTECULT – Cinema & Séries
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