Era uma vez em Hollywood, da Sony Pictures, pode ser considerada uma das produções mais aguardadas do ano e traz toda a magnitude e destreza de um dos mais icônicos cineastas do mundo, Quentin Tarantino. Seu nono filme chega aos cinemas brasileiros no próximo dia 15 de agosto com uma história extremamente original, algo diferenciado no atual cenário mundial da Sétima Arte, que está cada vez mais repleta de remakes, prequels e sequência. Aqui Tarantino arrisca e aposta em novidades ao contar a história do cartão-postal do cinema, “Hollywood”. Confiram a nossa crítica sem spoilers a seguir.
Na trama temos Hollywood no ano de 1969 como pano de fundo para uma grande história de personagens únicos, um deles, Rick Dalton (Leonardo DiCaprio), é um ator de TV que, juntamente com seu dublê e amigo Cliff Booth (Brad Pitt), estão decididos a fazer seus nomes em Hollywood. Para tanto, eles conhecem muitas pessoas influentes da indústria cinematográfica, o que acaba levando-os aos assassinatos realizados por Charles Manson na época, entre eles o da atriz Sharon Tate (Margot Robbie), que na época estava grávida do diretor Roman Polanski (Rafal Zawierucha) de “O bebê de Rosemary”, e vindo a ser uma grande oportunidade para a dupla ganhar espaço e notoriedade nesta indústria tão concorrida.
O nono filme da carreira de Tarantino rema contra a maré de suas outras produções, pois possui outra perspectiva mais engajada, arrojada e linear, a história flui de maneira natural e repleta de detalhes, aqui não vemos mares de sangue, mas que não deixa de abraçar todas obras anteriores e retrata a Hollywood daquela época de maneira magistral. Nesta obra a identidade do diretor está impressa a todo instante e é impressionante como o mesmo se reinventa, Tarantino é uma verdadeira “caixinha de surpresas”.
A adaptação das alocações aos cenários escolhidos durante a exibição do filme é algo espetacular, com certeza veremos indicações na categoria de “Designer de Produção”, pois tudo está muito bem trabalhado, desde sua fotografia com responsabilidade de Robert Richardson que se alinha à excelente trilha sonora, tudo isso fazendo com que público seja transportado aos anos 70 de maneira orgânica. O longa é repleto de referências, muitos easter eggs que vendo apenas uma vez o filme você não consegue perceber sua infinidade. Fora que se trata de uma homenagem ao berço do cinema, bem como, a diversos artistas daquela época, a exemplo: Bruce Lee e Polanski. “Era uma vez em Hollywood” é uma enciclopédia do Cinema diante de tantos dados históricos e detalhismos demonstrados, deleite para o público.
Um espetáculo à parte é o seu elenco de nomes de peso da indústria cinematográfica a exemplos: Brad Pitty (Cliff Booth) demonstra toda a sua maestria no quesito atuação e se encontra extremamente à vontade no papel de um dublê da época, Leonardo DiCaprio que vive o astro de filmes de bang bang entrega uma atuação visceral e não é à toa que já ganhou Oscar, pois mostra o porquê com todo seu talento. A atriz Margot Robbie que vive Sharon Tate, mesmo não possuindo muito diálogos ou falas, brilha a todo instante, com um trabalho admirável e trazendo os melhores momentos do filme. Outros gigantes do Cinema, como Al Pacino (Marvin Shwarz), Dakota Fanning (Lynnete), Kurt Russel (Randy), Timoth Olyphant (James Stacy), Michael Madsen (Le Sherif), entre outros, potencializam ao maior nível a obra do diretor.
CONFIRA O TRAILER:
“Era Uma Vez em Hollywood” pode ser considerada como a obra mais madura da carreira do cineasta Quentin Tarantino, pois entrega algo de extrema originalidade, desde seu roteiro até a forma como ele conduz essa trama, carregada de referências às suas outras produções e com uma grande homenagem à Sétima Arte. As quase três horas de exibição voam e a gente nem percebe. Após a hilária cena pós-crédito, ficamos com aquele sentimento de “quero mais”. O filme é uma boa surpresa para o público. Tarantino mostra que, mesmo sendo um diretor com uma carreira consolidada, consegue ainda nos surpreender sempre!! Viva Tarantino !! Viva o Cinema!!
Grande abraço e até a próxima!
NOTA : 9,0
ARTECULT – Cinema & Séries
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