Ameaça Profunda (Underwater) é a nova aposta para um sucesso da 20th Century Fox e vem trazendo um suspense em águas submarinas. A 8.000 metros da costa e a 11.000 oceano abaixo, há uma broca de perfuração, numa plataforma de exploração de petróleo, onde a luz natural não alcança e a pressão pode fazer um ser humano implodir, quando não estiver utilizando o equipamento adequado.
Quando uma falha de estrutura ocorre, os poucos pesquisadores sobreviventes precisam achar um jeito de escapar. Eles não demoram a perceber, entretanto, que as condições são adversas demais para escape tranquilo, e o que parecia ser apenas um maremoto, na verdade está bem vivo.
O longa parece ter saído de uma receita de bolo que um dia fez muito sucesso: um grupo de pessoas (geralmente profissionais que estavam trabalhando) obrigado a utilizar rotas de fugas impossíveis enquanto uma criatura o persegue. Esse é basicamente o plot da maioria dos filmes de espaço e alienígenas, podendo incluir alguns filmes de terror também. Além, alguns filmes aquáticos de tubarão também seguem essa lógica.
A grande novidade que o filme promete não convence tanto: alguns metros mais abaixo no mar, mais riscos, perigos inexplorados.
Como todo bom filme de ficção científica (não que ele seja exatamente bom), “Ameaça Profunda” viola algumas importantes leis da física, mas que como o filme não é ‘lá essas coisas’, incomodam bastante. A ausência ou precariedade da luz no fundo do oceano faz com que o filme fique muito escuro, e com que o telespectador tenha que se esforçar para enxergar os elementos que tentam ser mostrados.
Com relação às atuações, Kristen Stewart, como a engenheira mecânica Norah Price mostra cada vez mais flexibilidade em suas atuações, se distanciando da jovem apaixonada pelo vampiro. Vincent Cassel é o Capitão Lucien, um papel completamente apagado em sua carreira, que conta com atuações nas franquias Ocean’s e Bourne, além do drama Cisne Negro. Paul é o escape cômico, interpretado pelo humorista TJ Miller, que tem um humor um tanto quanto destemperado e que não agrada tanto.
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Em resumo, as falhas da produção poderiam até ser perdoadas, caso o filme trouxesse algo inovador, fosse pioneiro no estilo. Como isso definitivamente não acontece, os erros de condução da trama dirigida por William Eubank e escrita por Brian Duffield e Adam Cozad tornam o longa um grande naufrágio, um Alien do fundo do mar.
STEPHANIE MIRANDA
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