Em edição online (por conta da pandemia da covid-19) e totalmente gratuita, o 15º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo acontece de 9 a 16 de dezembro via plataformas digitais, acessíveis em todo o território brasileiro pelo endereço www.festlatinosp.com.br.
No total, são exibidos 36 filmes, representando 15 países da América Latina e Caribe: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
A programação destaca um inédito ‘Foco América Central’, com cinco títulos produzidos na Costa Rica, Cuba, El Salvador e Honduras. Está presente a tradicional seção ‘Contemporâneos’ (com 21 filmes recentes) e uma ‘Homenagem BrLab 10 Anos’, com longas-metragens que estiveram em diferentes edições desse laboratório de desenvolvimento de projetos.
Uma série de encontros e debates estão agendados, todos realizados de forma virtual (lives): Cinema da Vela Especial “Do Super-8 às Plataformas Digitais, dos Anos 1970 à Década de 2020 – As Trajetórias Criativas de Dois Realizadores Brasileiros” (10/12, às 20h00), encontro “Políticas Públicas e Plataformas Digitais” (11/12, às 16h00), encontro “Circuitos de Exibição de Cinema Independente na América Latina” (12/12, às 16h00), debate sobre o filme “Um Dia Qualquer” (12/12, às 19h00) e master class “Processo Criativo no Cinema Independente Atual” (15/12, às 17h00).
A cerimônia de abertura acontece às 19h00 do dia 9/12, quarta-feira, e pode ser acessada em www.festlatinosp.com.br. Já a cerimônia de encerramento acontece em 16/12, quarta-feira, às 19h00, no mesmo endereço.
CONFIRA ALGUMAS IMAGENS DO FESTIVAL
O evento é realizado pela Associação do Audiovisual, com patrocínio da Spcine e correalização do Sesc São Paulo. Conta com o apoio dos consulados sediados em São Paulo dos seguintes países: Argentina, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Paraguai e Uruguai.
As três plataformas parceiras – que disponibilizam toda a programação de filmes do festival a partir das 20h00 do dia 9/12 e até o final do evento – são Looke, Sesc Digital e Spcine Play. Os filmes ficam disponíveis até atingirem o número de visualizações estipulados pelos produtores e distribuidores dos filmes.
A direção do 15º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo é assinada por João Batista de Andrade, Francisco Cesar Filho e Jurandir Müller.
CONFIRA ALGUNS TRAILERS:
Os Errantes, de Irene Franco
Musica para ninar dinossauros – Mario Bortoloto
Batalha – Cristiano Burlan
https://belafilmes.com/batalha
Llanganati, longa assinado por Isabel Dávalos
Os Segredos do Armário, de Nicolás Teté
La Plata Yvyguy – Enterros e Guardados, de Marcelo Felipe Sampaio e Paulo Alvarenga
Contemporâneos
Em ‘Contemporâneos’ estão 21 títulos, sendo 19 deles inéditos no país. Estão incluídas cinco produções brasileiras em pré-estreia mundial: “Domicílio Incerto”, “Filmefilia” – Um Fax para Godard”, “Ozu Piroclástico”, “Rompecabezas” e “Um Dia Qualquer”. “Domicílio Incerto” registra a troca de correspondências entre seus diretores, Davi Mello, que tem carreira reconhecida no circuito de curtas-metragens, e a “image maker” Deborah Perrotta, cujo projeto fotográfico “La Virtù di Non Essere Più” foi premiado na Itália. “Filmefilia” – Um Fax para Godard” parte de vídeos publicados numa página do Instagram e seus realizadores incluem uma criadora de experimentos cinematográficos (Stela Ramos), o responsável pela trilha de diversos filmes (Eduardo Bonzatto), o montador de obras de Helena Ignez e Diego da Costa (Sergio Gag) e o produtor do longa-metragem “Selvagem” (Well Darwin). Darwin é o diretor “solo” de “Ozu Piroclástico”, uma obra que diálogo com o Cinema Marginal brasileiro e um de seus ícones, Ozualdo Candeias (1922-2007). Dellani Lima, diretor de “Rompecabezas”, no qual militantes decidem sequestrar um ex-torturador, tem na filmografia obras selecionadas para diversos festivais, entre elas “Queda de Conexão”, “Apto. 420”, “Planeta Escarlate”, “Trago Seu Amor” e “O Tempo Não Existe no Lugar em que Estamos”. Passado em um subúrbio carioca dominado pelas milícias, “Um Dia Qualquer” traz no elenco Mariana Nunes, Augusto Madeira e Vinícius de Oliveira, em uma direção de Pedro von Krüger (dos longas “Pulmão da Arquibancada”, “Estrada de Sonhos” e “Memória em Verde e Rosa”) e produção de Denis Feijão (produtor de “Raul: O Início, o Fim e o Meio” e “Sabotage: Maestro do Canão”, entre outros.
Outros cinco filmes brasileiros estão presentes em ‘Contemporâneos’: “Batalha”, “Filho de Boi”, “Música para Ninar Dinossauros”, “Zona Árida” e “La Prata Yvyguy – Enterros e Guardados”. “Batalha” documenta as batalhas de rimas (“slams”) na periferia leste da cidade de São Paulo e tem direção do premiado cineasta Cristiano Burlan (de “Mataram Meu Irmão”). “Filho de Boi”, de Haroldo Borges (do coletivo baiano Plano 3 Filmes, responsável por “Jonas e o Circo sem Lona”) se passa no sertão da Bahia, onde um pequeno circo mostra-se oportunidade para um adolescente fugir do lugar, e teve estreia mundial no prestigioso Festival de Busan, venceu o prêmio de público no Festival de Málaga e ainda foi selecionado para o Festival de Guadalajara. “Música para Ninar Dinossauros” é dirigido pelo dramaturgo, diretor teatral e ator Mário Bortolotto, fundador do Grupo Cemitério de Automóveis Brasil e premiado pela APCA pelo conjunto da obra. O enredo focaliza três amigos cinquentões incapazes de ter relações convencionais com mulheres e no elenco estão Lourenço Mutarelli, Paulo de Carvalho, Carca Rah e Francisco Eldo Mendes, entre outros. Já a produção paranaense “Zona Árida”, de Fernanda Pessoa (de “Histórias que Nosso Cinema (Não) Contava”, exibido em mais de 25 festivais e disponível na Netflix), reflete sobre a experiência da diretora como aluna nos Estados Unidos. Uma coprodução entre o Brasil e o Paraguai dirigida por Marcelo Felipe Sampaio e Paulo Alvarenga, “La Prata Yvyguy – Enterros e Guardados” traz no elenco Malu Bierrenbach, Iago Alvarenga, Andrea Chaves e Marcio Menighelli para tratar de lendários tesouros guardados durante a Guerra do Paraguai, o maior conflito armado ocorrido na América Latina.
A seção ‘Contemporâneos’ apresenta dez títulos internacionais inéditos no Brasil, representando Argentina (“Os Errantes” e “Os Segredos do Armário”), Chile (“Harley Queen”), Colômbia (“Relatos de Reconciliação”), Equador (“Killa” e “Llanganati”), México (“Desenhos Contra as Armas”), Paraguai (“Aio, Somos Memória, Temos Lembranças”), Peru (“A Migração”), Panamá e Venezuela (“Morte em Berruecos”, uma coprodução ainda com o Equador e Estados Unidos). Lançado no Festival de Mar del Plata, “A Migração” é assinado pelo diretor argentino radicado no Peru Ezequiel Acuña e acompanha um músico de rock à procura de um amigo que desapareceu. O paraguaio “Aio, Somos Memória, Temos Lembranças” trata de memórias e lembranças e é assinado por José Eduardo Alcazar, conhecido pelo público do Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, que já exibiu em edições anteriores seus longas “O Amigo Dunor”, “US/Nosotros” e “3–1=2 Rodando”. Dirigido por Alicia Calderón (de “Retratos de Una Búsqueda”), “Desenhos Contra as Armas” trata de uma infância ferida e a mulher que tenta curá-la na violenta região de Ciudad Juárez, fronteira mexicana com os Estados Unidos. Dupla que assina filmes exibidos em festivais como Locarno, San Sebastián e Bafici, além de responsável pelo evento chileno Festival de Cine Social y Antisocial, Carolina Adriazola e José Luis Sepúlveda abordam em “Harley Queen” uma moradora no considerado maior gueto do Chile, na cidade de Santiago, que deseja ser, ao mesmo tempo, uma supervilã, dançarina e mãe. Com obras exibidas em festivais nos Estados Unidos (como o Sundance), Europa e Japão, o cineasta indígena equatoriano Alberto Muenala apresenta em “Killa” uma elogiada história de amor, entre uma jornalista e um fotógrafo, recheada de racismo e perseguição. A busca do enorme tesouro Inca escondido nas montanhas equatorianas está no centro do documentário “Llanganati”, longa assinado por Isabel Dávalos (produtora dos sucessos lançados em Veneza e em Cannes, respectivamente “Ratas, Ratones, Rateros” e “Crónicas”) e pelo reputado fotógrafo Jorge Anhalzer. “Morte em Berruecos” é um thriller policial de época, passado em Bogotá em 1840 e baseado no assassinato de Antonio José de Sucre. Seu diretor, o venezuelano Caupolicán Ovalles, foi produtor de vários filmes para RAI (Itália) e Canon Pictures (EUA). Longa de estreia da diretora argentina Irene Franco, “Os Errantes” focaliza um casal que trabalha numa plantação de erva mate na fronteira da Argentina com o Brasil que se envolve em uma briga com contrabandistas. Também argentino, o cineasta Nicolás Teté já teve obras premiadas em festivais de prestígio, como o Bafici, de Buenos Aires. Seu mais recente filme, “Os Segredos do Armário”, trata de segredos familiares e os vínculos do protagonista (vivido pelo ator e cantor Facundo Gambandé, conhecido pela série “Violetta”, do Disney Channel) com o pai e a mãe. A violência na Colômbia é tema da animação “Relatos de Reconcilia”, de Rubén Monroy e Carlos Santa, parte de um projeto transmídia no qual depoimentos de vítimas são interpretados artisticamente.
“Mapa de Sonhos Latino-americanos” (Argentina/México/Noruega), de Martín Weber, completa a programação ‘Contemporâneos’. O filme acompanha Martín Weber, que fotografou latino-americanos, pedindo a eles que escrevessem seus sonhos e que agora parte à procura das mesmas pessoas.
Foco América Central
Programação especial do 15º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, o Foco América Central reúne trabalhos de cinematografias que nos últimos anos alcançaram crescimento e prestígio internacional. Costa Rica, El Salvador e Honduras passaram a fazer parte do cenário internacional de cinema e o festival dedica à região seu foco em 2020. São exibidos os seguintes longas-metragens inéditos no Brasil: “A Condessa”, de Mario Ramos, “Apego”, de Patricia Velásquez, “De Barlavento a Sotavento”, de Pilar Colomé, e “Rio Sujo”, de Gustavo Fallas. Completa a lista “Agosto”, de Armando Capó.
Produção de Honduras, em parceria com os Estados Unidos, “A Condessa” acompanha dois irmãos que passam um final de semana com as respectivas namoradas na antiga casa de avós delas onde vão descobrir um sombrio segredo. Trata-se do primeiro longa-metragem de ficção do premiado documentarista e curta-metragista Mario Ramos.
“Agosto” (Cuba/Costa Rica/França) teve seu roteiro original premiado pelo Sundance Institute ao focalizar uma das mais grandes crises na história de Cuba, o denominado “Período Especial”, quando muitos barqueiros tentaram chegar ilegalmente aos Estados Unidos. O protagonista vê seus vizinhos e conhecidos indo embora, as amizades acabarem e as famílias se separando.
Em El Salvador, Arturo, Wendy e Amílcar moram num lago vulcânico e, a partir do esporte de vela, aprendem a dominar a natureza e a vencer a violência e as adversidades. Assim é “De Barlavento a Sotavento”, estreia no longa-metragem da realizadora salvadorenha Pilar Colomé, vencedor do Festival das Américas New York 2014 com “Jocelyn and The Coyote” e reconhecida por sua produção de documentários, vídeos sociais e curtas-metragens de ficção em El Salvador, Guatemala e México. Ela também é professora e designer de programas educacionais para jovens em situação de risco.
Já em “Rio Sujo” (Costa Rica/Colômbia), um eremita procura uma vaca que sumiu da sua pequena fazenda. Quando seu neto de 12 anos chega, começam a aparecer os fantasmas da infância. O diretor costarriquenho Gustavo Fallas, após estudos no Canadá, passou a realizar em seu país documentários e publicidade. Já dirigiu, em 2013, o longa “Puerto Padre”, premiado no Festival de Montreal.
Produção de Costa Rica com o Chile, “Apego” é protagonizado por uma arquiteta, filha de exiliados chilenos, e sua relação com a filha, sua mãe, e um antigo amor da universidade. Este é o segundo longa-metragem da diretora Patricia Velásquez, que estreou em 2014 com “Dos Aguas” e teve em 2016 o documentário “La Sombra del Naranjo” selecionado para participar do projeto DocTV Latinoamérica representando a Costa Rica.
Homenagem BrLab 10 Anos
Um dos mais importantes laboratórios de desenvolvimento de projetos audiovisuais da América Latina, o BrLab foi criado em 2011 como parte da programação do Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo. Trata-se de um evento e laboratório anual destinado a futuros filmes em fase de desenvolvimento e à capacitação de profissionais do setor audiovisual. Atualmente, é o único evento de mercado no Brasil que recebe projetos de toda América Latina e Península Ibérica e que agrega diferentes workshops internacionais na sua programação. Comemorando sua primeira década de atividades, o BrLab preparou, em parceria com o festival, uma programação com dez longas-metragens, brasileiros e internacionais, cujos projetos participaram da iniciativa.
“Abaixo a Gravidade” (Brasil-BA, 2017) é o terceiro longa-metragem do baiano Edgard Navarro, após o premiado “Eu Me Lembro” e “O Homem que Não Dormia”. Além de ser o filme de encerramento do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, a obra conquistou três prêmios no Fest Aruanda: melhor direção de arte, melhor ator coadjuvante prêmio da crítica. Destaca-se no elenco principal Everaldo Pontes, Rita Carelli, Bertrand Duarte e Ramon Vane. O enredo focaliza o personagem Bené, que dedicou muitos anos à busca da sua evolução espiritual, em uma pequena cidade do interior brasileiro.
Um dos mais conhecidos animadores brasileiros, realizador de “Wood & Stock: Sexo, Orégano e Rock’nRoll” e de “Até Que a Sbórnia nos Separe”, o gaúcho Otto Guerra traz em “A Cidade dos Piratas” (Brasil-RS, 2018) uma obra inspirada nos famosos quadrinhos da cartunista Laerte. O longa foi eleito como melhor animação no ANIMA – Festival Internacional de Animação de Córdoba (Argentina) e no Prêmio Guarani. Com as vozes de Laerte, Otto Guerra, Matheus Nachtergaele, Marco Ricca, Marcos Contreras e Luis Felipe Ramos.
Estreia no longa-metragem do diretor costarriquenho Iván Porras Meléndez, “A Dança da Gazela” (Costa Rica/México, 2018) focaliza um senhor de 72 anos cujo sonho de ganhar um troféu no futebol nunca se realizou. Ele vai encontrar uma última possibilidade num concurso de dança tropical.
Um homem de 32 anos volta à sua cidade natal para acompanhar o processo legal no qual será julgado pelo assassinato do pai e da mãe. Este é o ponto de partida de “Caminho de Campanha” (Argentina, 2014). O personagem passa então a testemunhar inesperados atos de violência. O diretor do longa, Nicolás Grosso, é conhecido produtor de vários longas-metragens e séries televisivas argentinas.
Filme sensação da atual cinematografia uruguaia, “Chico Ventana Também Queria Ter um Submarino”, de Alex Piperno, teve pré-estreia mundial no Festival de Berlim 2020 e participou de importantes eventos internacionais. O enredo focaliza um jovem marinheiro que descobre uma porta que misteriosamente leva a um apartamento em Montevidéu. Simultaneamente, perto de uma pequena aldeia rural nas Filipinas, camponeses encontram uma antiga cabana com poderes sobrenaturais.
Outro filme uruguaio de sucesso, “Clever” (2015), de Federico Borgia e Guillermo Madeiro, foi vencedor de 13 prêmios internacionais. Nele, um instrutor de artes marciais viaja a uma cidade remota em busca do único artista capaz de pintar fogos especiais em seu carro.
Estreia no longa-metragem do cineasta Hugo Giménez, “Matar a um Morto” (Paraguai/Argentina/França/Alemanha, 2019) se passa em 1978, em meio à A ditadura civil-militar paraguaia (1954-1989), quando dois homens trabalham enterrando corpos clandestinamente. Um dia, entre os corpos, chega um que pertence a um homem que ainda respira.
Com “O Lobo Atrás da Porta” (Brasil-SP, 2012), o brasileiro Fernando Coimbra estreou no longa-metragem vencendo o principal prêmio do Festival do Rio (em premiação dividida com “De Menor”, de Caru Alves de Souza). Com um elenco liderado por Leandra Leal, Milhem Cortaz, Fabíula Nascimento e Juliano Cazarré, o enredo descreve uma trama de amor passional, obsessão e mentiras. O filme conquistou outras 30 premiações nos festivais de Guadalajara, Havana e San Sebastián, entre outros. Coimbra dirigiu posteriormente a produção norte-americana “Castelo de areia” e episódios de séries televisivas, como “O Homem da sua Vida”, “Outcast”, “Narcos”, “Terrores Urbanos” e “Dilema”. Seu novo longa, o thriller norte-americano “Possession: A Love story”, encontra-se em finalização.
Vencedor do prêmio da crítica no Festival de Gramado e do prêmio de melhor trilha sonora no Festival de Paulínia, “Sinfonia da Necrópole” (Brasil-SP, 2015) focaliza a rotina de um aprendiz de coveiro, que é quebrada quando uma nova funcionária chega ao cemitério. Contando no elenco com Eduardo Gomes, Luciana Paes e Hugo Villavicenzio, entre outros, o filme é o segundo longa-metragem dirigido por Juliana Rojas (de “Trabalhar Cansa” e “As Boas Maneiras”), que acumula em sua carreira mais de 30 prêmios no Brasil e no exterior.
Longa de estreia do cineasta peruano Miguel Ángel Moulet, “Todos Somos Marinheiros” (Peru, 2020) foi vencedor do prêmio da crítica internacional no Festival de Toulouse e do prêmio de melhor roteiro da competição nacional no Festival de Lima PUCP. Em um barco de pesca, três personagens que não conseguem peixes há meses e estão sem nenhum dinheiro são obrigados a se adaptar a uma nova vida.
A programação da Homenagem BrLab 10 Anos estará disponível ao público na plataforma Sesc Digital (sescsp.org.br/festlatino).
Encontros e Debates
10/12, quinta-feira, às 20h00
Cinema da Vela Especial “Do Super-8 às Plataformas Digitais, dos Anos 1970 à Década de 2020 – As Trajetórias Criativas de Dois Realizadores Brasileiros”
com
* Otto Guerra (Brasil) – diretor de “A Cidade dos Piratas”
* Edgard Navarro (Brasil) – diretor de “Abaixo a Gravidade”
11/12, sexta-feira, às 20h00
encontro “Políticas Públicas e Plataformas Digitais”
(sem tradução simultânea)
com
* Anna Elías (Argentina), da cine.ar tv e da plataforma cine.ar
* Claudia Triana (Colômbia), da Proimágenas Colombia, entidade responsável pela plataforma Retina Latina
* Dilson Neto (Brasil), da plataforma Spcine Play
* Fernanda Ríos (México), da plataforma FilminLatino
* Gonzalo Ponce Leiva (Equador), da Academia de las Artes Audiovisuales y Cinematográficas de Ecuador
* mediação da jornalista Ana Paula Sousa (Brasil)
12/12, sábado, às 16h00
encontro “Circuitos de Exibição de Cinema Independente na América Latina”
(sem tradução simultânea)
com representantes das seguintes iniciativas de exibição independente:
* Ciclo Independiente (Argentina)
* Cine Independiente (Argentina)
* Cine Clubcito (Bolívia)
* Vias Audiovisual (Argentina)
* mediação da jornalista Flávia Guerra (Brasil)
12/12, sábado, às 19h00
debate sobre o filme “Um Dia Qualquer”
com
* Pedro Krüger (Brasil) – diretor
* Denis Feijão (Brasil) – produtor
* Augusto Madeira (Brasil) – ator
* Mariana Nunes (Brasil) – atriz
* Vinicius de Oliveira (Brasil) – ator
15/12, terça-feira, às 17h00
master class “Processo Criativo no Cinema Independente Atual” (15/12, às 17h00).
com
* Kiko Goifman (Brasil) – cineasta
* Marina Person (Brasil) – cineasta
DADOS DOS FILMES
CONTEMPORÂNEOS
“A Migração” – Ezequiel Acuña (“La Migración”, Peru, 84 min, 2018, livre)
Guillermo Lucena, músico de rock fora do mercado, viaja da Argentina ao Peru procurando um amigo que desapareceu algum tempo atrás. Depois de seguir alguns indícios anônimos, ele conhece a Sofia, uma adolescente inquieta com quem estabelecerá uma amizade. Os dois vão encontrar nesse vínculo uma forma de dar sentido às ausências que lhes calhou viver. Com Santiago Pedrero, Paulina Bazán, Mateo Veja e Julián Reyes.
* inédito no Brasil
“Aio, Somos Memória, Temos Lembranças” – José Eduardo Alcazar (“Aio, Somos Memoria, Tenemos Recuerdos”, Paraguai, 67 min, 2020, livre)
Memória e lembranças dos últimos tempos de uma vida de 101 anos. Com Manoel Alcazar.
* inédito no Brasil
“Batalha” – Cristiano Burlan (Brasil-SP, cor, 75 min, 2019, 12 anos)
Nas periferia leste da cidade de São Paulo, um grupo de jovens se reúne em batalhas de rima (slams) e trazem a poesia para a realidade de suas vidas. As batalhas de poesia, poetry slams, ou apenas slams, surgiram nos Estados Unidos na década de 1980. Nestas batalhas, os poetas devem ler ou apenas recitar, sem acompanhamento musical, poesias autorais. A apresentação não pode ultrapassar três minutos. Participam Cleyton Mendes, Daniela Rosa, Dunstin Farias, Emerson Alcalde, Isaac Quaresma, Jé Versátil, Matheus Farias e Patrícia Meira. O título estreou no 52º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, em 2019.
“Desenhos Contra as Armas” – Alicia Calderón (“Dibujos Contra las Balas”, México, 90 min, 2019, 12 anos)
Vizinhas de Ciudad Juárez organizam refúgios infantis em algumas das colônias mais violentas do México. Diana, Joseph Bryan e Gael buscam ali a liberdade que perderam nas ruas e tentam curar as feridas que a violência do crime organizado deixou neles. Um retrato amoroso sobre a busca de paz no México.
* inédito no Brasil
“Domicílio Incerto” – Davi Mello e Deborah Perrota (Brasil-SP/Itália, 43 min, 2020, livre)
Entre os meses de abril e julho de 2020, os cineastas Davi Mello e Deborah Perrotta trocaram vídeo-cartas. Ele, em São Paulo. Ela, em Turim.
* pré-estreia mundial
“Filho de Boi” – Haroldo Borges (Brasil-BA, 91 min, 2019, 10 anos)
João vive no sertão da Bahia. O vínculo entre ele e seu pai está partido. No limiar da adolescência, João quer fugir desse lugar, onde parece não haver possibilidades dele se encaixar. Um dia, um pequeno circo chega na cidade e essa parece ser a oportunidade perfeita. O filme lança luz sobre um Brasil contemporâneo, num universo de masculinidade e preconceito onde é urgente reinventar-se.
“Filmefilia” – Um Fax para Godard” – Well Darwin, Eduardo Bonzatto, Sergio Gag e Stela Ramos (Brasil-SP, 83 min, 2020, livre)
Originalidade num tempo de cópias malfeitas, um inventário fílmico de um tempo esquisito, um caleidoscópio de imagens, num constante jogo de rupturas e continuidades. Tudo isso a partir de 365 vídeos publicados numa página do Instagram no ano de 2018, somados a uma trilha sonora original e a um texto adaptado da peça “Diálogo de Um Homem Vil”, de Friederich Dürrenmatt, texto que sintetiza bem nosso tempo. No elenco estão Tata Anastácio e Francisco Gaspar.
* pré-estreia mundial
“Harley Queen” – Carolina Adriazola e José Luis Sepúlveda (“Harlley Queen”, Chile, 100 min, 2019, 12 anos)
Uma mulher deseja encontrar a sua identidade através de um personagem supervilã, dançarina e mãe, na região Bajos de Mena, ou conhecido como “o maior gueto do Chile”, em Puente Alto, na cidade de Santiago. Com Carolina Flores.
* inédito no Brasil
“Killa” – Alberto Muenala (“Killa”, Equador, 61 min, 2017, livre)
Umas fotografias e uma notícia num momento inoportuno são os detonates de uma história de amor, racismo e perseguição entre uma jornalista (Alicia) e um fotógrafo kichwa (Sayri). Um dirigente assume a defesa de uma comunidade contra uma companhia mineira; esta determinação leva a um confronto pessoal com um alto funcionário do governo e repercute nas vidas de Alicia y Sayri. No elenco estão Sherman Cabascango, Marcela Camacho, Carlos Guerrón e Alejandro Cabascango.
* inédito no Brasil
“La Prata Yvyguy – Enterros e Guardados” – Marcelo Felipe Sampaio e Paulo Alvarenga (Brasil-MS-SP/Paraguai, 70 min, 2016, 10 anos)
Sobre as lendas sobre tesouros guardados durante a Guerra do Paraguai, o maior conflito armado ocorrido na América Latina, travado entre 1864 e 1870 entre o Paraguai e a Tríplice Aliança (composta pelo Brasil, Argentina e Uruguai) e que resultou em 440 mil mortos. Tais tesouros teriam o poder de tornar rico quem os encontrasse e para achá-los só há um caminho, o mostrado por fantasmas que estão presos para sempre em seus pertences. “Plata Yvyguy” significa tesouro enterrado. Estão no elenco Malu Bierrenbach, Iago Alvarenga, Andrea Chaves e Marcio Menighelli.
“Llanganati” – Isabel Dávalos e Jorge Anhalzer (“Llanganati”, Equador, 65 min, 2017, livre)
A história da busca do enorme tesouro Inca escondido nas montanhas equatorianas. O documentário conta uma expedição liderada pelo aventureiro e fotógrafo Jorge Juan Anhalzer, até o coração do Llanganati. Anhalzer e a equipe dele começam a procurar uma antiga trilha Inca que os levaria ao sumidouro, lugar onde se encontra o tesouro desde há quinhentos anos atrás. Um tesouro “tão grande que nem mil homens poderiam carregar”. Com Jorge Anhalzer.
* inédito no Brasil
“Mapa de Sonhos Latino-americanos” – Martín Weber (“Mapa de Sueños Latinoamericanos”, Argentina/México/Noruega, 91 min, 2020, livre)
Martín Weber fotografou várias pessoas na América Latina, pedindo a eles para escrever os seus sonhos numa lousa. Depois de mais de dez anos, ele começa uma nova viagem para procurar as mesmas pessoas e ter o depoimento sobre a América Latina através das vidas delas.
“Morte em Berruecos” – Caupolicán Ovalles (“Muerte em Berruecos”, Venezuela/Equador/Panamá, 102 min, 2018, 10 anos)
Bogotá, 1840. Dez anos depois do assassinato na floresta de Berruecos o General Antonio José de Sucre, Gran Marechal de Ayacucho, o processo em sua morte é reaberto. O Major Alejandro Godoy é o promotor do julgamento e descobre que grande parte do arquivo do processo anterior foi destruido e que existe um complô no nível mais alto que termina a vida de Sucre. Com Luis Geronimo Abreu, Augusto Nitti, Malena Gonzaleze Laureano Olivarez.
* inédito no Brasil
“Música para Ninar Dinossauros” – Mario Bortolotto (Brasil-SP, 87 min, 2019, 16 anos)
São três amigos já cinquentões que incapazes de ter relações convencionais com mulheres, sempre chamam garotas de programa para lhes fazer companhia. São os sujeitos que nasceram nos anos 60, com todas as explosões de rebeldia e busca de liberdade. É o check-up de uma geração que está no contra-pé de uma vida aparentemente libertária. Com Lourenço Mutarelli, Mário Bortolotto, Paulo De Carvalho, Carca Rah, Francisco Eldo Mendes, Marcelo Selingardi, Ana Rita Abdalla, Helena Cerello, Marcela Pignatari, Adriana Guerra, Carolina Cardinale e Renata Becker.
“Os Errantes” – Irene Franco (“Los Errantes”, Argentina, 64 min, 2020, livre)
Pedro e Simon viajam até um vilarejo na fronteira com Brasil. Eles trabalham numa plantação de erva mate, onde também moram. Uma noite eles entram na floresta e se envolvem numa briga com contrabandistas. No elenco estão Francisco Quinteros, Gonzalo Gimenez, Carolina Calvo e Bolívar Chalfún Pigliasco.
* inédito no Brasil
“Os Segredos do Armário” – Nicolás Teté (“Todos Tenemos um Muerto em el Placard o um Hijo em el Clóset”, Argentina, 104 min, 2020, 12 anos)
Manuel viaja à cidade onde ele nasceu para o aniversário de bodas do pai e da mãe na procura de conseguir dinheiro para poder morar com seu namorado na Dinamarca. Na última visita à sua família, ele “saiu do armário” e a relação ficou mais complicada. Os planos mudam quando o namorado o abandona. Na viagem descobre um segredo da família e serve para reafirmar o vínculo com o pai e a mãe e para entender melhor o que ele quer para o futuro. Com Facundo Gambandé, María Fernanda Callejón, Diego de Paula, Antonella Ferrari, Norma Argentina, Mateo Giuliani, Pablo Valdes e Lucas Ferraro.
* inédito no Brasil
“Ozu Piroclástico” – Well Darwin (Brasil-SP, 81 min, 2020, 10 anos)
Os fluxos piroclásticos (também conhecidos como nuvem piroclástica ou onda piroclástica) são o resultado devastador de algumas erupções vulcânicas. Constituem corpos fluidos, compostos de gás quente e piroclastos (cinza e pedra) que podem viajar com velocidade de até 160 km por hora. No caso em questão, a erupção é o Cinema Marginal e os fluxos piroclásticos são batizados de Ozualdo R. Candeias.
* pré-estreia mundial
“Relatos de Reconciliação” – de Ruben Monroy e Carlos Santa (“Relatos de Reconciliación”, Colômbia, 67 min, 2019, 16 anos)
“Relatos de Reconciliação” é um projeto transmídia que interpreta artisticamente as entrevistas e depoimentos de algumas vítimas que sofreram distintos tipos de violência na Colômbia.
* inédito no Brasil
“Rompecabezas” – Dellani Lima (Brasil-SP, 80 min, 2020, 16 anos)
Um grupo de militantes deslocado no tempo decide sequestrar um ex-torturador. Baseado na peça “Roda Morta – Uma Farsa Psicótica”, de João Mostazo. Com Biagio Pecorelli, Clayton Mariano, Felipe Carvalho, Ines Bushatsky, Mariana Marinho, Mau Machado e Pedro Massuela.
* pré-estreia mundial
“Um Dia Qualquer” – Pedro von Krüger (Brasil-SP, 89 min, 2020, 16 anos)
Sob as máscaras e fantasias de mais um dia nos subúrbios cariocas, se esconde a intensa realidade das famílias e vizinhos que vivem em um bairro sob o domínio da expansiva milícia. Com Mariana Nunes, Augusto Madeira, Vinícius de Oliveira, Tainá Medina, Juan Paiva, Willean Reis e Eli Ferreira.
* pré-estreia mundial
“Zona Árida” – Fernanda Pessoa (Brasil-PR, 76 min, 2019, 12 anos)
Em 2001, a diretora brasileira Fernanda Pessoa, aos 15 anos, vive a experiência de ser uma aluna de intercâmbio por um ano em Mesa, no Arizona, considerada a cidade mais conservadora dos EUA. 15 anos depois – e dois meses antes da eleição de Donald Trump – ela retorna para tentar entender sua experiência lá. No elenco estão Brandon Lax, Brek “EJ”, Jan Estrin, Kristen Lax, Mike Casillas, Pam Hanny, Peter Caruso, Ricky Gonzalez e Victor Hanny.
FOCO AMÉRICA CENTRAL
“A Condessa” – Mario Ramos (“La Condesa”, Honduras/Estados Unidos, 88 min, 2020, 12 anos)
Os irmãos Felipe e Eduardo passam um final de semana tranquilo com a namorada de cada um deles. Eles curtem a antiga casa da avó das moças. A antiga casa da avó falecida os mergulha em um pesadelo quando descobrem um segredo sombrio de família escondido por gerações no A Condessa. Com Luz Nicolas, Soraya Padrao, Diana Pou, Yaritza Owen, Hannia Guillen, Gonzalo Trigueros e Sebastian Stimman.
* inédito no Brasil
“Agosto” – Armando Capó (“Agosto”, Cuba/Costa Rica/França, 85 min, 2019, 12 anos)
Cuba, verão de 1994. No meio do Período Especial, uma das mais grandes crises na história do país, muitos barqueiros cubanos tentam chegar ilegalmente aos Estados Unidos, sem certeza de se conseguiram sobreviver. Com o início das férias, Carlos mergulha em um mês de agosto despreocupado, perambulando com os seus amigos e se apaixonando pela primeira vez. Pouco sabe sobre o futuro incerto do país, até que um por um, os vizinhos e amigos vão embora procurando uma vida melhor, as amizades acabam e as famílias se separam. Neste caloroso verão, o mundo do Carlos ficará de cabeça para baixo. Com Damián González Guerrero, Alejandro Guerrero Machado, Glenda Delgado Dominguez, Luis Ernesto Barcenas, Rafael Lahera, Lola Amores e Verónica Lynn.
“Apego” – Patricia Velásquez (“Apego”, Costa Rica/Chile, 83 min, 2019, 10 anos)
Ana é arquiteta e tem 35 anos, acabou de se divorciar do seu marido com quem tem duas filhas pequenas. Ela é filha de exiliados chilenos. Quando uma das filhas de Ana cria uma conta no Facebook para a sua avó, ela reencontra um antigo amor da universidade, a quem verá em breve no Chile. Desde aquele momento a vida da Ana também fica mexida porque vê como repete o papel de mãe da sua própria mãe e vira essa mulher que nunca quis ser. Com Kattia González, Teresita Reyes e Leonardo Perucci.
* inédito no Brasil
“De Barlavento a Sotavento” – Pilar Colomé (“De Barlovento a Sotavento”, El Salvador, 90 min, 2019, 12 anos)
Arturo, Wendy e Amílcar, moram num lago vulcânico em El Salvador. Vidas ancestrais convergem na transformação interior deles, a partir do esporte de vela, aprendem a dominar a natureza, se destacam internacionalmente, vencem a violência e as adversidades. No elenco estão Arturo Merchez, Wendy Merchez, Amilcar Sánchez, Familia Merchez e Familia Sánchez.
* inédito no Brasil
“Rio Sujo” – Gustavo Fallas (“Rio Sucio”, Costa Rica/Colômbia, 76 min, 2020, 12 anos)
Vítor é um eremita que procura desesperadamente uma vaca que sumiu da sua pequena fazenda. Ele suspeita de um vizinho com quem já teve problemas. Quando Ricardo, seu neto de 12 anos chega no lugar, começam a aparecer os fantasmas da infância do Vítor que confunde o passado com o presente. Vítor, finalmente, deverá enfrentar esse terrível fantasma de quando ele era uma criança. Com Elías Jiménez, Fabricio Martí, Gabriel Maroto e Gladys Alzate.
* inédito no Brasil
HOMENAGEM BRLAB 10 ANOS
“Abaixo a Gravidade” – Edgard Navarro (Brasil-BA, 104 min, 2017, 16 anos)
Bené dedicou muitos anos à busca da sua evolução espiritual, em uma pequena cidade do interior. Ele tem feito grande progresso e está totalmente integrado na comunidade, mas será posto à prova quando conhecer Letícia e for trazido para o submundo da cidade grande. Com Everaldo Pontes, Rita Carelli, Bertrand Duarte, Ramon Vane e Fabio Vidal.
“A Cidade dos Piratas” – Otto Guerra (Brasil-RS, 80 min, 2018, 16 anos)
Inspirado nos famosos quadrinhos da cartunista Laerte. A história mescla a jornada de transição da artista e do diretor, que encara a morte após ser diagnosticado com câncer. Cria-se, então, um abismo caótico entre ficção e realidade na animação mais louca de todos os tempos. Com as vozes de Laerte, Otto Guerra, Matheus Nachtergaele, Marco Ricca, Marcos Contreras e Luis Felipe Ramos.
“A Dança da Gazela” – Iván Porras Meléndez (“El Baile de la Gacela”, Costa Rica/México, 90 min, 2018, livre)
O sonho do Eugenio é ganhar um troféu, mas ele nunca conseguiu isso no futebol. Com 72 anos, ele encontra uma última possibilidade num concurso de dança tropical. Quando ele perde a parceira, a única opção que tem de ganhar é se ele consegue enfrentar e superar os próprios preconceitos. Agora vai mudar a bola pela sola. Com
Marco Antonio Calvo, Patricio Arenas e Victoria Montero.
“Caminho de Campanha” – Nicolás Grosso (“Camino de Campaña”, Argentina, 88 min, 2014, 16 anos)
Agustín (32) volta à cidade onde ele nasceu, depois de 6 anos de ausência, para assistir ao processo legal no qual será julgado pelo – supostamente – assassinato do pai e da mãe dele. Sozinho e em constante alerta, começa a testemunhar inesperados atos de violência. Agoniado, conhece uma jovem enigmática e imprevisível que mostra para ele outras formas de viver o isolamento. Com Agustín Rittano, Valeria Blanc, Alexis Cesán, Paula Ituriza e Juan Barberini.
“Chico Ventana Também Queria Ter um Submarino” – Alex Piperno (“Chico Ventana También Quisiera Ser un Submarino”, Uruguai, 86 min, 2020, 12 anos)
A bordo de um navio de cruzeiro que atravessa o sul da América Latina, um jovem marinheiro descobre uma porta que misteriosamente leva a um apartamento em Montevidéu. Enquanto isso, a milhares de quilômetros de distância, perto de uma pequena aldeia rural nas Filipinas, camponeses encontram uma antiga cabana abandonada na colina. Essa cabana, segundo eles, é dotado de poderes sobrenaturais. No elenco estão Daniel Quiroga, Inés Bortagaray e Noli Tobol.
“Clever” – Federico Borgia e Guillermo Madeiro (“Clever”, Uruguai, 83 min, 2015, 16 anos)
Um instrutor de artes marciais viaja a uma cidade remota em busca do único artista capaz de cumprir com o sonho dele: pintar fogos especiais no carro dele. Com Hugo Piccinini, Antonio Osta, Marta Grané, Horacio Camandulle, Néstor Guzzini, Soledad Frugone, Santiago Agüero e Inacio Mendy.
“Matar a um Morto” – Hugo Giménez (“Matar a um Muerto”, Paraguai/Argentina/França/Alemanha, 87 min, 2019, 12 anos)
Paraguai, 1978. No meio da ditadura, dois homens trabalham enterrando corpos clandestinamente. Entre todos os mortos, um dia chega um que pertence a um homem que ainda respira; os dois homens sabem que eles tem que matá-lo mas eles nunca assassinaram ninguém. Com Ever Enciso, Anibal Ortiz, Jorge Román e Silvio Rodas.
“O Lobo Atrás da Porta” – Fernando Coimbra (Brasil-SP, 101 min, 2012, 16 anos)
Em uma delegacia, um homem, sua mulher e a amante dele são interrogados pacientemente pelo detetive, um após o outro, seus depoimentos vão tecendo uma trama de amor passional, obsessão e mentiras que levará a um final inesperado. No elenco estão Leandra Leal, Milhem Cortaz, Fabíula Nascimento, Juliano Cazarré, Paulo Tiefenthaler, Tamara Taxman, Emiliano Queiroz, Thalita Carauta e Isabelle Ribas.
“Sinfonia da Necrópole” – Juliana Rojas (Brasil-SP, 86 min, 2015, 10 anos)
O filme se passa na cidade de São Paulo, onde a rotina do aprendiz de coveiro Deodato muda quando uma nova funcionária chega ao cemitério. Juntos, eles devem fazer o recadastramento dos túmulos abandonados, mas estranhos eventos fazem o aprendiz questionar as implicações em se mexer com os mortos. Com Eduardo Gomes, Luciana Paes, Hugo Villavicenzio, Paulo Jordão, Germano Melo, Luís Mármora, Adriana Mendonça, Antônio Veloso e Augusto Pompeo.
“Todos Somos Marinheiros” – Miguel Ángel Moulet (“Todos Somos Marineros”, Peru, 104 min, 2020, 12 anos)
Kristof, seu irmão e o capitão vivem em um barco de pesca, ancorado no porto de El Callo. A companhia está falida, o navio não pesca nada há 8 semanas e o resto da tripulação retornou para seus países. Sem nenhum dinheiro ou sinal de mudança em vista, Kristof tenta se adaptar a nova forma de vida em terra firme. Com Beto Benites, Ravil Sadreev, Andrey Sladkov, Julia Thays e Gonzalo Vargas Vilela.
SERVIÇO
15º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo
- 9 a 16 de dezembro de 2020
- online e gratuito
- www.festlatinosp.com.br
- realização: Associação do Audiovisual
- patrocínio: Spcine
- correalização: Sesc São Paulo
- apoio: consulados sediados em São Paulo – Argentina, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Paraguai e Uruguai
- plataformas parceiras: Looke, Sesc Digital e Spcine Play
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