Museu em Congonhas celebra a arte de Aleijadinho

A inauguração em 15/12 do Museu de Congonhas faz parte de uma iniciativa de  complexo cultural que envolverá a criação de um parque ecológico.

Além da instituição, inaugurada por meio do dispositivo do PAC do Governo Brasileiro, foram aprovadas, desde então, outras nove ações, como a restauração de todas as igrejas, da alameda entre o museu e o santuário.

O Museu de Congonhas foi concluído a partir dos esforços da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e da Prefeitura de Congonhas.

É assinado pelo arquiteto Gustavo Penna, um dos mais respeitados profissionais mineiros, autor de projetos como a Escola Guignard (Belo Horizonte), a Academia Mineira de Letras (Belo Horizonte) e a Universidade Federal de Itajubá (Itabira).

DE_MuseuDeCongonhas7O Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, para onde o Museu dedica a sua principal atenção, está localizado no Morro Maranhão, na zona urbana de Congonhas. A sua construção teve início em 1757 e se estendeu até o começo do século XIX. Trata-se de um conjunto arquitetônico e paisagístico formado pela Basílica, escadaria em terraços decorada por esculturas dos 12 profetas em pedra-sabão e seis capelas com cenas da Via Sacra, contendo 64 esculturas em cedro em tamanho natural.

No conjunto trabalharam os artistas de maior destaque do período, como o escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814), e o pintor Manoel da Costa Athaíde (1760-1830).

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O museu tem três pavimentos com biblioteca, auditório, ateliê, espaço educativo, anfiteatro ao ar livre, cafeteria e salas de exposições. A exposição permanente que inaugura o Museu de Congonhas tem curadoria dos museólogos Letícia Julião e Rene Lommez, tratando da arte religiosa presente no Santuário, que, entre outras obras, conserva o conjunto dos 12 profetas de Aleijadinho, expressão máxima da arte barroca brasileira. Uma das principais coleções de Minas, a da pesquisadora Márcia de Moura Castro (1918-2012), adquirida pelo Iphan em 2011, faz parte do acervo da instituição: são 342 peças colecionadas pela pesquisadora, entre elas ex-votos, santos de devoção, tábuas votivas e esculturas corporais.

Desde o início a ideia foi realizar uma proposta museológica que deveria também estabelecer um elo entre a pesquisa e a conservação do conteúdo de arte barroca exposto e a tradição da romaria estabelecida no lugar há cerca de 200 anos. Como centro de estudos, ele deverá ainda contemplar trabalhos voltados ao uso da pedra sabão ao longo do tempo.

Veja imagens do Museu:

Fotos do interior do Museu: Ana Elisa/Portal EBC.

Fontes:
O Tempo – Magazine
Correio de Uberlandia
Portal Brasil – Governo do Brasil

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