Cara de “borracha”, talento de ouro

abreAugusto Madeira cultiva uma longa e sólida carreira como ator. São quase 30 anos, que incluem mais de 70 filmes (curtas e longas), dezenas de peças teatrais, 200 comerciais, além de participações em novelas, séries para TV, programas humorísticos e webséries.

Apesar de tanta estrada, seu rosto não parece ser muito conhecido. Mas só parece… Isso porque ele tem muitos. Muitas faces e versões de si mesmo. Considerado um camaleão da arte, Augusto joga nas onze em qualquer trabalho. 

Começou cedo no teatro, aos 16 anos, e, de lá para cá, acumulou muita experiência, um longo rol de amigos e uma legião de admiradores.

O artista não para quieto. É workaholic com muito orgulho, com muito amor. Aliás, para ser tão bem-sucedido e feliz no ofício, só espalhando muito amor mesmo.

 

Como você escolheu ser ator?

Quando eu tinha 16 anos, fui assistir a uma apresentação das minhas amigas do colégio, que estavam fazendo curso de teatro, tinham preparado uma surpresa para os professores, que eram o Roberto Bomtempo e o Roney Villela. E eu assisti o que elas tinham preparado e achei aquilo tudo muito mágico, muito incrível, e pedi pra entrar na turma. E a gente acabou montando “Grease”, no final do ano, uma turma de 23 pessoas, muito talentosa, todo mundo cantava dançava… e quando a gente tem 16 anos, é a glória tudo isso.

Aí, quando a gente começa com o pé direito, não quer parar.

Me lembro também que o meu avô escrevia peça de teatro, apesar de ter sido funcionário público a vida inteira. E que minha mãe gostava de montar umas peças da Maria Clara Machado para passar na igreja, no orfanato, e a gente brincava disso criança… de uma certa forma, já estava lá a sementezinha, né?

 

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O Baile”, primeira peça teatral como profissional, em 1993

Você chegou a fazer algum curso profissionalizante?

Sim, eu fiz o curso da Faculdade da Cidade, na época, dirigido pela diretora Bia Lessa. Só por esse fato era o curso mais inovador da cidade, a Bia trouxe Jerzy Grotovsk (diretor polonês), Tadeuz Kantor (diretor polonês), estava reformulando totalmente o currículo. Era um curso profissionalizante, mas não universitário.

Apesar de ter me formado lá, a gente não para de estudar nunca. Estudei com os ingleses do Forum Shakespeare, quando estiveram no Rio (um curso patrocinado pelo British Council com renomados diretores ingleses), com Sotigui Koyatè e Yoshi Oda, membros do grupo do Peter Brook, com o The Living Teather…  Fiz muitos cursos livres também.

 

Além do óbvio talento, você tem uma figura de homem comum. Isso pode ter te ajudado a conseguir tantos papéis?

Eu acho que pode ter sido um facilitador, sim. Você ter um rosto que tanto pode ser polícia quanto bandido, pode ser médico quanto porteiro. Já fiz espetáculos de muitos personagens, estou acostumado a fazer programas no qual a gente tem que se virar, coringar muito, fazer toda a sorte de personagens… Eu nunca me achei um ator versátil nesse sentido mas, quando você tem que fazer, não tem jeito. Sei fazer sotaque de tudo, tipo de voz pra tudo, trejeito de tudo, a gente tem que se virar. Tem muita gente que diz que eu tenho cara de borracha. Tudo cabe em mim. Boto uma peruca e fica bem, parece que eu nasci daquele jeito. Boto um bigode, boto uma barba, fico ruivo, moreno, crioulo, tudo… minha cara serve pra tudo. Realmente, isso é uma vantagem.

 

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Uma das muitas caracterizações em Zorra (2016)

O que dá mais prazer de fazer: cinema, teatro ou TV?

O que me dá mais prazer é trabalhar. Sou workaholic.  Adoro fazer cinema, adoro fazer teatro. Eu posso dizer que eu sou uma pessoa de teatro mas, ao mesmo tempo, eu faço cinema há 26 anos. Faço cinema à beça, adoro fazer. A TV, que eu faço há menos tempo, há 20 anos, também é muito gostoso de fazer, aquela infraestrutura toda,  o potencial que tem…

Adoro fazer publicidade, adoro fazer leitura dramatizada, adoro fazer locução. É o que eu gosto. Eu sou uma pessoa muito sortuda, porque eu tenho muito prazer em fazer o que eu faço.

Talvez um dos segredos de eu ser bem-sucedido profissionalmente é justamente esse prazer, de fazer as coisas com prazer.

 

E qual é a melhor escola para um ator?

A melhor escola pra um ator é viver! Quanto mais largo e mais profundo a gente fica, mais material a gente tem. Não só na nossa vida pessoal, mas também na observação da vida alheia. O material está aí todo na rua. É só você sair na rua, andar, entrar no metrô, andar de ônibus e observar as pessoas. Você não pode perder nunca esse senso de observação. Eu sou apaixonado por gente. Eu acho que um ator que não gosta de gente está perdido. Eu adoro ver gente, conversar, eu ainda acredito nas pessoas, e isso é muito bom, é um material infindável.

E a gente também tem a sorte de poder brincar de viver outras vidas. Então, a gente cresce muito como pessoa ao experimentar essas emoções, essas sensações, isso vai dando um instrumental incrível pra gente .

 

Como você estuda seus personagens?

Eu sou muito intuitivo, e eu também aprendi a não fazer muita firula. Ou seja, eu não fico inventando muita coisa de fora pra botar. Eu sou mais reto. Eu procuro entender e pensar com a cabeça daquele personagem, porque ele faria certo tipo de coisa. Em vez de ficar, ah, ele anda assim, ele tem a voz de um jeito… tudo isso é legal, você dá uma burilada depois mas, entender, de fato, como ele pensa, como ele sente as coisas, quais são as escolhas dele. Isso tem que ser o cerne.

Eu também sou muito atento ao que está em volta, à roupa que me veste, ao set, ao cenário, ao colega, ao outro ator que está lá na minha frente… a gente tem que estar muito disponível,  tem que entender como o personagem pensa e também estar muito disponível pro jogo, porque é um grande jogo, né?

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Augusto é o protagonista da websérie “Crime time – Hora de Perigo”

 

Você também é presença marcante em comerciais… isso ajuda ou atrapalha na carreira?

Eu fiz mais de 200 comerciais. E aprendi muito! Primeiro, porque é um mercado muito rico, você tem grandes profissionais, e eu aprendi muito com eles. A gente também tem que aprende o poder de síntese. Você tem que ser incrível em 30 segundos ou menos, 15 segundos.

Mas o mais importante de tudo foi que a vida no teatro, e até no cinema, é muito difícil… Então, o comercial, desde cedo, me ajudou financeiramente a poder manter a minha família, e a ter aquele dinheirinho pra poder dizer “não”. Eu sou difícil de negar trabalho, mas a publicidade, em geral, até hoje dá esse suporte, porque, a partir dos filmes publicitários, fui fazer locução, que foi outro mercado que se abriu pra mim.  Então, isso tudo sempre complementou muito o meu salário, que é feito de várias coisas. Ainda não tenho casa própria, mas me ajuda a ter um certo conforto.

 

Comercial da Sky (2014)

 

Você faz humor e drama com a mesma desenvoltura… Qual é o segredo?

Tem umas vertentes que dizem que o maior dos atores é o comediante, porque quem sabe fazer comédia sabe fazer drama, mas quem sabe só fazer drama, não sabe fazer comédia. Eu talvez concorde um pouco com eles.

Eu não me acho um cara muito engraçado nem comediante, mas acabei tendo minha carreira sendo construída em cima disso. Mas nunca tive vontade de reforçar essa característica, nunca tive vontade fazer comédias rasgadas, nem fazer stand up comedy meu, nem enveredar por esse caminho. Eu gosto muito dos desafios.

E eu tenho uma facilidade grande mesmo de fazer os personagens dramáticos, eu acho até menos complicado do que as comédias, que são mais precisas, mais matemáticas. É como eu disse,  eu tenho prazer de fazer  o que eu faço. Se eu descobrir a verdade do personagem, então, pra mim, está bom.

É sempre uma busca da verdade, e também do interesse.  Você precisa ser interessante. O personagem pode ser chato, você nunca. O personagem pode ser enfadonho, ser mau, mas você jamais será desinteressante, e jamais será falso.

A busca pela verdade, pelo que é humano, é uma busca contínua.

 

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Em cena no espetáculo “O Que Diz Molero” (2003)

O reconhecimento pelo seu trabalho se revela nos oito prêmios de cinema que você já ganhou. Premiações como essas são um bom termômetro para o ator avaliar seu desempenho?

Eu acho que, até mais do que os prêmios, as indicações são importantes.

Por exemplo, eu faço um programa de humor, o “Zorra”. É um programa que existe há 15 anos. Há 2 anos, o Maurício Farias me chamou para entrar, ele deu uma reformulada no programa. Hoje, o programa está indicado ao Emmy. Fazer parte de um projeto  que quis revolucionar e hoje está indicado, é claro, dá uma visibilidade e indica que estamos no caminho certo.

No cinema, ser indicado a um prêmio como ator, ou fazer parte de um filme indicado, são sempre coisas que me fazem pensar que eu fiz uma escolha certa. É sempre um reconhecimento.

Eu fiz parte também de muitos espetáculos de teatro que foram premiados – eu não -, e isso me enche de orgulho. Como também tem vários projetos que eu achava que mereciam prêmio e não ganharam, mas tiveram alguma indicação. Eles servem de parâmetro. Mas não são uma verdade absoluta. Porque qualquer premiação é feita por jurados, que são pessoas que têm opiniões que mudam bastante.

E uma pessoa premiada é muito aceita, não só no mercado de arte, mas também no mercado publicitário, isso é fato.

Mas, eu vou ser muito sincero: os prêmios que ganhei ficam numa estante escondida aqui em casa, não me vanglorio, não… Pra mim, sempre importa o que está pela frente. Eu quero que o próximo trabalho seja merecedor de prêmio.  Se vai receber ou não, é outra história. A busca pela excelência é o que me move.

 

Você se considera um workaholic da arte. Isso é bom ou ruim?

Eu sou um workaholic, sim, e eu acho bom. Enquanto eu tiver trabalho… Se você me deixar uma semana em casa, parado, coisa raríssima mas, se eu ficar, eu vou estar vendo filme, lendo, parece uma folga, mas vou estar trabalhando. O bom da gente é que eu posso estar simplesmente andando na rua, que vou estar trabalhando.

Eu queria ter mais tempo ocioso pra aprender, estudar mais, mas eu procuro estar sempre observando, e isso é um aprendizado. Eu também tenho a sorte de trabalhar com gente que eu admiro, e isso me faz aprender também, graças a Deus. O Brasil é cheio de talentos, o povo brasileiro é muito criativo.

Ser workaholic só atrapalha um pouco pela família mas, hoje em dia, tenho sorte, pois tenho uma mulher que entende isso e me acompanha.

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Com o elenco da série “Entrevistas Históricas do Pasquim”, do Canal Brasil

Apesar de trabalhar tanto, você encontrou tempo e espaço para o amor e construir uma família…  

Sim, apesar de trabalhar muito, o jeito de você manter uma família, construir o amor é incluir eles. Meu filho fez 15 anos, eu me separei da mãe dele quando ele era pequeno. E eu o levava pra tudo quanto é lugar, pro meu trabalho. Ele ia pros ensaios, pras turnês de teatro comigo, pra filmar… desde pequeno, ele sabe o que é um set de filmagem, uma coxia de teatro, e sempre foi muito gostoso. É meio essa ideia do circo, vai viajando, está junto, cada um faz uma parte e, assim, vai levando. A gente nunca sabe onde vai estar daqui a 2 meses, 6 meses. Só o amor salva nessas horas.

 

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A versatilidade do ator pode ser vista na série de TV Caras de Pau

Quais são seus mestres, ou em quem você costuma se inspirar?

Eu tive muitos mestres. Poderia citar, no teatro, os diretores com quem trabalhei como Luis Carlos Ripper, André Paes Leme, Aderbal Freire-Filho, Amir Haddad, Sotigui Koyatè.

Tive mestres também no cinema, de trabalhar com grandes como Ruy Guerra, Walter Lima Júnior. Eu dei sorte, consegui trabalhar com quase todos os homens da cultura que eu admirava, e com as atrizes que eu admirava, como Marília Pera, Fernanda Montenegro, Suely Franco, Lília Cabral, Gloria Pires…

E também trabalhei com quem estava chegando, com quem era mais novo do que eu. O pessoal do Porta dos Fundos, o pessoal que estava se formando em cinema na PUC, na Escola de Cinema Darcy Ribeiro, na UFF, eu fazia filmes com eles.

Foi sempre assim, aprendendo com os mais velhos e vendo o novo que estava vindo. Eu sempre consegui achar um equilíbrio nisso.

 

Você tem algum trabalho favorito ou que foi mais desafiador de fazer?

Nossa! Difícil! Tem uns trabalhos de formação no teatro, como o “Grease”, que foi o meu primeiro trabalho amador. Depois, “O Baile”, que foi o primeiro trabalho depois que me formei. Veio, em seguida, o “Pequenos Trabalhos para Velhos Palhaços”, que eu produzi e fiz com dois grandes amigos. Fiz então “Melodrama”, que era um trabalho lindíssimo da Cia de Atores. Eu entrei como substituto e fiz duas turnês internacionais. Aí, fiz os “Romances em Cena”, do Aderbal, que marcaram muito toda uma geração.  foram duas peças: “O Que Diz Molero” e “Púcaro Búlgaro.

Sem falar nos trabalhos pro teatro infantil, como “A Casa da Madrinha”, e “Os Diferentes”, com o Grupo Ombú, que é um grupo tradicional. E o “20 Mil Léguas Submarinas”, que foi uma superprodução.

No cinema, tem muitos trabalhos marcantes, mas vou citar o “Nise – O Coração da Loucura”, que foi um trabalho desses sem dinheiro, um projeto árduo, e que está rodando o mundo agora, ganhando muitos prêmios, e está nos orgulhando muito.

 

Trailer do filme Nise – O Coração da Loucura

 

Na TV, eu fiz com Fernando Meireles “Os Experientes”, que está indicado pro Emmy desse ano. Foi uma série que pouca gente viu, mas que eu acho bem bacana.

 

E o que vem por aí, que trabalhos você vem preparando?

Os projetos mais importantes que eu fiz não estrearam ainda. Um, acabou de estrear, que chama “Crime Time – hora de perigo”, que é uma websérie feita exclusivamente para o celular, pelo canal Studio Plus, francês, que acabou de lançar um aplicativo para você assistir séries produzidas no mundo inteiro pelo celular. E eu sou protagonista dessa série, rodada no Brasil,  com uma equipe internacional, que foi um desafio imenso pra mim, e eu fiquei muito feliz com o resultado do trabalho e estou recebendo muitos elogios.

 

Trailer da websérie Crime Time – Hora de Perigo

 

Há dois anos, eu protagonizei uma série para a HBO que deve estrear no primeiro trimestre de 2017. “O homem da sua vida” é uma adaptação brasileira da obra argentina homônima dirigida pelo Oscar Juan José Campanella, e com direção de Daniel Rezende. São 13 episódios de uma hora feitos por uma equipe de São Paulo muito competente, e que também me enche muito de orgulho. Sei que é um trabalho que vai me abrir muitas portas.

Há um ano, protagonizei também uma coprodução Brasil-Uruguai, uma série de TV infantil chamada “Ernesto, o Exterminador de Seres Monstruosos e Outras Porcarias”, dirigido pelo Gustavo Spolidoro. Ela fala sobre o medo das crianças, é muito lúdica. Está pronta, já foi entregue para a TV Brasil e está para estrear.

E tem alguns filmes importantes que estão para estrear também. Um deles é baseado na história do primeiro ator que fez o Bozo chamado “O Rei das Manhãs”, que é um filme com muita expectativa pra 2017.

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Em ação no longa “Malasartes e o Duelo com a Morte”

Tem o filme do Paulo Morelli, da O2, chamado “Malasartes e o Duelo com a Morte”, um filme no qual a O2 está apostando muitas fichas. Teve dois anos de pós-produção, com muitos efeitos, tipo o Avatar brasileiro! Tem um elenco incrível, e eu acho que vai arrebentar.

E tem um filme muito sensível de um diretor estreante, Tiago Arakilian, chamado “Polidoro”, com José de Abreu, Danton Melo, Mariana Lima, Guta Stresser… faço também um personagem super bonito, tem um roteiro muito bem amarradinho. Tem muita coisa boa vindo.

Numa série que estreou na Fox, “Me Chama de Bruna”, eu faço um personagem cruel, com uma índole má, que foi um grande desafio para mim. Ela está passando só para quem tem o aplicativo da Fox, no celular. Mas já é um sucesso na América Latina.

Devo estar esquecendo várias coisas, mas é isso mesmo, porque eu estou sempre preocupado com o que está vindo pela frente, e  a coisa mais importante que está vindo pela frente é o meu filho, que vai nascer daqui a um mês, o Pedrinho, meu primeiro filho com a Taiane, minha mulher. Esse é o meu projeto mais recente.

 

Você já trabalhou muito. Que lições mais importantes aprendeu ao longo de sua carreira?

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O filho João, na época com 10 anos, no set do longa “Corda Bamba”

O de sempre, né!!  Respeito, serenidade, humildade, respeito ao trabalho dos outros. O trabalho do ator é um trabalho coletivo. Ele é a soma das partes. Ele interdepende dos outros para fazer o seu trabalho e depende muito do público. Você aprende também muito com os personagens que você faz. Principalmente os que pensam diferente de você, então você aprende a ser tolerante, perspicaz e persistente.

E, repito, só o amor salva mesmo. Eu fiz muito mais amigos do que inimizades. É o maior barato! Eu vou ao teatro e o bilheteiro não me deixa pagar porque me conhece, o outro fica feliz porque eu fui prestigiar. Estou num momento gostoso da minha vida. Ainda falta muito por conquistar. Mas saber que a estrada foi bem construída, sem fazer concessões morais, é importante.

 

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Author

Jornalista, roteirista, mãe, poeta, editora, escrivinhadora, atriz. Mulher. Sou filha da PUC-Rio, formada em Comunicação Social com habilitação em jornalismo. Trabalhei em revistas sobre meio ambiente e educação. Fui parar na TV na produção do Globo Ecologia e logo estava participando da criação do Canal Futura, onde fiquei por mais de 7 anos. Trabalho na MultiRio, uma produtora de multimeios educativos da prefeitura do Rio de Janeiro, há 10 anos, atuando como roteirista e editora. Colaborei para os sites Opinião e Notícia e para o ArteCult escrevendo sobre Educação, Cultura, Cidadania, Meio Ambiente e fazendo várias entrevistas. Escrevi também para a Revista do Senac Educação Ambiental por cinco anos. Me formei em teatro pelas mãos de Bia Lessa. Fui dirigida por Alberto Renault e Roberto Bontempo. Conheci muita gente talentosa. Aprendi com muita gente boa. Fiz cursos livres de canto, de dança flamenca, de locução de rádio e de roteiro para TV e cinema. Sou uma leitora contumaz. E ótima ouvinte. Gosto de observar a vida e de dar pitaco em alguns assuntos os mais variados. Mãe de dois adolescentes, continuo aprendendo sobre a vida todos os dias. O humano me encanta. E me aterroriza também!